12 de janeiro de 2009

Um domingo qualquer...

Breves considerações iniciais: Esse é o começo de uma possível história provavelmente casual. Decidi contar aqui pra ficar mais divertida, já que a ficção é sempre mais interessante que a realidade.
Ela: 30, em plena crise existencial feminina parte 01 (a parte 02 dizem ser aos 40), solteira e procurando. Ele: namorado da vizinha, quase 40, com uma cara safada dessas que se delata e corpinho de 30. Já se conheciam de vista, de outros tempos e aparentemente e não tinham despertado nada um no outro. Eis que um dia encontram-se ao acaso, num show. Foi aí que ...entre um oi tudo bem e um por onde vc anda rolaram uns beijinhos de canto de boca, ...
PAUSA PRA EXPLICAR: Beijo de Canto de Boca = aquele beijo que deveria ser no rosto, mas tem vontade de se RNA boca, então acaba sendo metade de cada, mas serve mesmo pra deixar claro o que se quer e tentar quem recebe a pedir.

... Conversa vai, conversa vem, entre um esbarrão e outro mais olhares, beijo no canto da boca rolou uma certa eletricidade no ar...
Porra, mas ele tem namorada !!! Ok. ELE parecia precisar lembrar disso !! Porque antes de ir embora disse que estaria novamente sozinho no dia seguinte, num outro show e sugeriu que ela fosse...sugeriu e insistiu. Ela não foi. E achou que era melhor assim.
Pulando os encontros casuais que rolaram a seguir. O fato é que ele foi instigando (até na frente da namorada) e ela foi ficando instigada (apesar da namorada)...Uma amiga deu um jeito e passou o tel dela pra ele. Uma semana depois e ...nada. Ok. Foi melhor assim, pensou ela. Confusão e desencontro meu passado já tem o bastante.
Era domingo, dia em que quase nunca acontece quase nada e ela estava tomada por um mau-humor digno de uma solteira entediada...parecia até TPM. Passou por ele e a namorada...fingiu que não viu. Menos de meia-hora depois o celular tocou. Internamente tinha certeza de que seria ele. (os safados são mais previsíveis e o contato visual pode ser instigador, mas ela jurava que ele não a tinha visto). Pois é tocou, mas desistiu antes de ela atender. Ela retornou, deu caixa postal.
Caixa postal de celular é irritante em qualquer situação.
Mais tarde, ele ligou de novo. Ela atendeu, com voz de travesseiro (que era onde ela estava). Ele nem se identificou (autoconfiante demais), perguntou admirado se ela estava dormindo e ao saber que não, foi logo dizendo, meio queixoso (longe de ganhar um Oscar!), que ela não tinha falado com ele... ela disse que parecia uma DR (discussão de relação) e ela não quis interromper (parecia mesmo!!). Ele quis logo saber o que ela iria fazer naquele resto de dia...ela disse que não sabia, mas sabia que ia sair de casa... ele pediu que ela ligasse quando fosse sair, talvez pudessem marcar alguma coisa.
Resumo do domingo: ela ligou, ele atendeu, mas nem conversaram muito, nem saíram, o que fez a eletricidade permanecer no ar, mas o tornou menos interessante para ela. Ficaram de se falar durante a semana. Ela gravou o nome dele e ao lado escreveu PERIGO! Assim mesmo, com exclamação. Talvez delete, talvez arrisque... pelo menos o domingo não passou em branco.

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