24 de março de 2010

O poder inusitado da simplicidade

Era um sábado chuvoso. Chuva constante e dia cinza, sem baixas temperaturas, mas, ainda assim, convidativo ao chamego, ao "ficar junto de alguém".

Há muito eles tentavam se encontrar. Já haviam marcado e desmarcado várias vezes, fosse por hesitação, dúvida ou imprevisto. É assim mesmo: alguns encontros são simplesmente retardados por algo inexplicável.

Naquele sábado chuvoso, quando ela já não tinha esperanças de encontrá-lo, ele fez o convite da forma mais casual possível.
- O que você vai fazer hoje ? - disse ela.
- Depende de você. - respondeu ele, como se fosse a coisa mais natural a dizer.

Toda mulher gosta desse tipo de homem galante, mas blasé. Neste caso, ela nem tinha muita certeza de que seria um encontro ou um mero bate-papo entre quase-amigos.

Pois bem. Ela, como uma mulher solteira que já escolhe tudo na vida, deixou a critério dele o destino da noite. Ele escolheu o cinema, em sessão a ser escolhida quando chegassem lá.

Na hora de se aprontar: dúvidas.

Ele não sabia o que vestir, se fazia ou não a barba; que camisa disfarçaria melhor o corpo de um quase-geek e que cor tornaria interessante sua pele pálida. Optou por algo bem casual, que o deixou com um ar sexy-nerd-indiferente.

Ela não sabia se usava algo casual, como quem não se importa porque nãoe stá num encontro, ou algo que a tornasse mais atraente; maquiagem elaborada ou algo quase imeprceptível ? Perfume doce ou suave ? Optou por algo casual, mas feminino; vestidos sempre vencem uma dúvida.

Ele foi buscá-la em casa e ela adorou isso. Num tempo em que epquenas gentilezas são dispensadas ou ignoradas, ela adorou.

Quando se encontraram parecia que já haviam feito aquilo muitas vezes; estranhos familiarizados.

Sessão mais tarde e o consequente tempo vago resultaram em alguns chopps e muito papo.

Quando o filme começou, noe sucro da sala, as mãos se encontraram ao acaso e então não se largaram mais. Nem se largaram, nem ficaram quietas. Naquele silêncio e, ainda que concentrados no filme, a mão dele e dela se acariciavam o tempo todo. A cada leve e doce toque, um arrepio leve percorria o corpo, numa lembrança doce e num pressentimento bom.

Incrível como um toque leve, sutil e carinhoso pode provocar a libido de uma mulher...muitas vezes d eforma mais intensa que qualquer "pegada". Ela queria ficar ali por mais umas 2 sessões, pelo menos.

O toque leve e gentil, sem abuso ou atrevimento, pode provocar muito mais sensações do que uma ousadia desenfreada. Mãos que se tocam são como uma dança.

O filme "Don Juan" (com Jonhy Deep)  fala do poder que detém o homem que sabe tocar as mãos de uma mulher e chega a mencionar que percorrendo as mãos, percorre-se o corpo todo. A cena é emblemática e sexy.

Do cinema eles foram pra casa e embora o beijo tenha sido esperado e tenha sido muito bom...daqueles beijos longos e gostosos como beijos de estréia, o ponto alto da noite foi o carinho das mãos. Algumas cosias muito simples guardam surpresas maravilhosas. Eles poderiam não ter mais nenhum encontro e ficarem apenas com a lembrança desse momento, mas a reação adversa desse instante foi um alento para a alma.






23 de março de 2010

Seleções musicais.

Nada como uma boa sequência de músicas - set list.
Recomendo as sequências do DJ Surfista no http://www.djsurfista.blogspot.com/ .

Por hora , é só.

17 de março de 2010

"PARA QUEM GOZA, NENHUMA EXPLICAÇÃO É NECESSÁRIA."
Millôr Fernandes.

Um elo perdido ou uma ameaça inofensiva ?

Depois de um tempo sem aparecer nesse espaço, volto para falar sobre algo delicado: uma solteira em meio a casais.
Não é fácil ser solteira quando seus amigos e amigas formaram pares, mas a coisa fica um pouco pior depois que eles têm filhos, pois surgem os compromissos familiares sem censura e com isso ser uma solteira pode ser motivo de se sentir deslocada ou constrangida. Algumas se sentem excluídas.
O pior mesmo é notar o olhar de algumas casadas... numa festinha de criança, ambiente totalment einofensivo, é possível reparar em olhares desconfiados que nos observam à espreita, comos e fôssemos devoradoras de maridos..kkkkkkk. Há esposas bem inseguras e outras bem mal casadas por aí...não as julgo: talvez um dia esse olhar seja meu. Por enquanto, tento mostrar que sou inofensiva para elas.
É estranho sentir-se avulsa nesses ambientes, em especial quando isso é uma contingência da vida e não uma escolha premeditada.
Estamos em 2010 e as coisas ainda são assim. Ninguém olha "estranho" para um homem solteiro numa festinha de criança ou num jantar onde predomine os casais. Um marido não chama o dono da festa pra dizer que o cara está despertando interesse na esposa dele ou coisa parecida. Por 02 razões: homens não pensam assim e quando pensam não resolvem assim.
Um homem solteiro não costuma ser uma ameaça simplesment epor estar ali.
Uma mulher solteira, a não ser que seja notoriamente desinteressante (...), é olhada como ameaça.
No entanto, pode ser que essa mulher solteira, independente e suficiente bonita para despertar a insegurança de algumas esposas seja a mais inofensiva de todas as ameaças...afinal, ela não quer o homem de ninguém, ela quer o seu e ele não está entre os casados !!

11 de março de 2010

Em terra de espertos, quem se finge de boba é rainha ??

TODO HOMEM GOSTA DE SE SENTIR ESPERTO; DE SE ACHAR ESPERTO E, SE POSSÍVEL, DE SER RECONHECIDO COMO TAL. (aliás, a maioria das pessoas em geral gosta dessa sensação, mas a maior parte dos homens heterossexuais gosta mais que a média !).

Em alguns momentos, não é bom negócio para uma mulher se mostrar esperta ou ceclarar-se esperta. Em alguns momentos, a mulher até se recrimina se for mais esperta que o cara!! Eh, já não são muitas assim, nem são tantos os caras que valem essa culpa machista, mas ainda se presencia o fato.

O problema é : ser esperta é fechar os olhos ao que se vê, sabe ou percebe, em nome de algum objetivo em relação a um homem ou seria mostrar a ele que ele não é tãoe sperto assim ?

Por exemplo: a mulher que está saindo com um cara e pretende ter algo mais sério com ele, mas descobre ou percebe que não é a úncia a sair com ele, deve fingir que não sabe ou colocar as cartas na mesa e mostrar que não é "vítima" da esperteza do conquistador ? vale a pena tapar o sol com a peneira ?

Sempre que eu ou uma amiga caia ou cai numa cilada dessa eu me questiono se vale a pena ser esperta, ter tido tantos amigos homens oue star semrpe preparada para o pior lado dos homens. Não sou o tipo que ignora o que sabe ou convive com meias-verdades numa boa... eu brocho. Seja emocionalmente ou sexualmente, eu brocho se for passada pra trás.

Tenho amigas que ignoram, bem blasé, com uma "poker face" algo desse tipo. E mais tarde, algumas delas ainda dão nova chance ao moço espertinho.

Quem está seguindo o melhor caminho ? Quem vai chegar onde quer ? O que se pode querer numa situação assim?

Tudo bem não existe melhor caminho, mas confesso que em alguns aspectos e em algumas circusntâncias "a ignorância é uma benção" (como já disseram num diálogo em Matrix 1). Talvez, no mundo das mulheres, as espertas sofram mais...

Indicação de textos em blogs

Hoje estou menos inspirada do que em outros dias, talvez por isso tenha navegado pela web lendo algumas reflexões e ensaios interessantes.

Gosto muito dos contos e crônicas de Pedro Neschling em seu blog. a indicação de hoje fica para um texto sobre o efeito do tempo e das experiências sobre a crença no "final feliz" - Série musicando 7: Happy Ending - por Pedro Neschling.

Uma coluna muito interessante , que mistura um tom sádico com esclarecimentos realistas sobre o pensamento e comportamento dos homens (genericamente falando) é a seção Fale com ele - Marie Claire. O escritor se revela o tipo de homem sádico, sarcástico e relaista com quem eu gostaria de tomar um chopp...rs.

Por enquanto é só... have fun !!