23 de novembro de 2009

Onde encontrar o AMOR ???

Um dia ela decide que está pronta para amar, ter alguém na sua vida e fazer parte da vida de alguém. Ótimo !!
Então, Ela olha para os lados: ninguém. Olha pela janela...meros passantes, transeuntes na sua história. Lembra das amigas: todas casadas. Lmbra dos amigos: também já casados ou seguiram o rumo da solteirice sem prazo de validade, a la Peter Pan.
Ok. Ela lembra da sua agenda...velhos amigos, ex-amigos, ex-quase-mais-que-amigos, ex-quase-namorados...ninguém que se aproveite na nova decisão de amar.
Pânico ??? Não...ainda não.
Ela pensa mais...bem, semrpe tem a balada. Pensa melhor: nem ela, nem ninguém que conheça, a não ser as exceções que confirmam a regra, conheceram alguém para viver um grande Amor numa balada, na night. Não que não estivessem lá os grandes amores de várias histórias...estavam sim...mas não para amarem uns aos outros; saíram da balada e conheceram um alguém especial ou porque conehceram o Amor. Afinal, quem conhece alguém numa balada ? No máximo, beija-se alguém, mas conhecer, saber alguma coisa de verdadeiramente importante sobre alguém e que vá ser lembrado no dia seguinte, depois da ressaca, isso é outra coisa...bem difícil de rolar numa balada, numa curtição.
Pois bem... antes que o pânico se instalasse, lembrou de todos os lugares atípicos onde Ela ou uma de suas amigas ou amigos haviam conhecido pessoas interessantes que poderiam ter sido um Amor ou que foram além do simples oi...
Tinham os clássicos: trabalho, cursos variados, academia, fórum, praia, barzinho, mas tinham os atípicos:
- sala de espera de consultório médico
- loja de pneus
- lanchonete depois de encerrar o bloco de carnaval
- farmácia  (depende, claro, do remédio que vc foi comprar e da iniciativa de uma das partes)
- shopping (depois dos 30 é mais raro, pois somos mais objetivos nos shoppings)
- teatro (e o cara estava no palco)
- entrevista de emprego
- trânsito
- ônibus
- avião
- consulta médica
- fisioterapia (pode ser o(a) fisioterapeuta ou o paciente)
- sala de bate-papo na internet
- aeroporto
(...)
Todos esses lugares guardam pessoas interesantes que poderiam vir a ser o próximo Amor dela.
O que Ela sabia era o mais importante: estava pronta. Agora bastava que o inesperado fizesse a sua parte. Ela ficaria atenta, mas não alerta, cuidando de si mesma e da própria vida, pois o Amor é muita coisa, mas não é tudo e não chega para desocupados de si, disso ela já sabia.

17 de novembro de 2009

Pensar menos; existir mais.

Eu penso demais e quase o tempo todo. Daí, vem minha ansiedade, ás vezes sutil, às vezes notória, às vezes angustiante.

Penso muito sobre a vida, o futuro, a conduta das pessoas comigo e sobre minhas condutas comigo e com as pessoas.

O que eu descobri pensando tanto ? (risos) Que não resolve muita coisa pensar muito sobre um problema, um sonho ou alguém. No máximo, entramos em ciclos de pensamentos viciosos ou num gerador de suposições (a "espiral da maluqice", nas palavras de uma amiga.).

Importa mesmo é viver, agir, manifestar um pensamento.

Pensar é bom até o limite em que não atrapalhe o agir. Pensar é bom, se está voltado á ação, á solução ou elaboração racional de uma experiência. Pensar é indispensável, mas não pode ser a única coisa que se faz.
Pensar simplesmente, não é viver. Pensar é estático demais, solitário demais e pode ser sofrido demais também. Nunca será dispensável ou inútil, mas nunca será o bastante ou a única coisa a se fazer.
Os budistas baseiam muito de sua filosofia no momento presente e ensinam que não s epode viver ontem ou amanhã, ams apenas hoje.
Por isso, às vezes é preciso parar de pensar, vestir um certo colorido e ir pra rua, VIVER sem pensar em nada...tornar-se parte do AGORA !

Este conselho é pra mim mesma, mas pode ser que sirva pra você também.

14 de novembro de 2009

Ele e Ela : Parte final - Desencontro

Vinícius definiu com excelência: "a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida."

Depois do melhor dos encontros, o mais vivo, o mais íntimo (emocionalmente) e onde tudo parecia estar começando para Ele e para Ela num Nós, ele enterrou tudo com um: "não estou gostando de você como você de mim; o problema não é você, sou eu - essa foi clássica !- e por fim:~gosto de você, tenho tesão, mas sinto que não vou conseguir te amar."

Amor é predisposição, investimento e fé. paixão é que cai do céu...mas em ambos os casos, não há espaço para convencimento. Ela não queria convencer alguém a amá-la.

Ele tinha sido muito contraditório desde o início - o que msotrava seu conflito interior - um dia pré-agendava uma viagem a dois, no outro não conseguia amá-la, COMO ASSIM ?! Com quantos homens elas estava lidando ?

Num dia, conversas de namorados, mãos dadas e muitos beijos; no outro, não dá.

Ela queria ter dito que ele não passava de um pretensioso, mas não conseguiu. Estava mesmo gostando dele e na véspera tinha se sentido uma mulher feliz.

Ela ouviu a sentença de abortamento da possibilidade, a decisão covarde ou pragmática que lhe açoitou o desejo e os sentidos...chorou...choro seco, sufocante, de quem expurga algo, mas também lamenta muito. Choro sentido. lamentava por si, que há tempos não se permitia tanto. lamentava por ele, pois sabia que poderia fazê-lo amado e feliz. Chorou de raiva, por ter percebido antes e ter fugido das complicações em lugar de dar tempo e fazer concessões.

Não era perfeito, não tinha espaço para todos os seus sonhos, não saciava seus desejos e ela queria mesmo assim... Teimosia nas coisas do amor, é burrice e perda de tempo !!

Depois de muito chorar e até perder a razão, depois de maldizer sua capacidade de acreditar numa possibilidade amorosa, enxugou as lághrimas e cumpriu sua promessa: lembrou de todas as coisas ruins que seu coração superou e de como havia chegado até ali. Lembrou que a recusa era dele e realmente poderia não dizer respeito a ela. lembrou que se dizia respeito a algo nela, é porque não era ele o homem com quem seria feliz.

Tomou passiflora, ouviu um pouco de música alta, fez as unhas e o cabelo e decidiu que não mais pararia a sua vida porque um alguém não enxergou a sua luz... ela valia mais do que migalhas, ela merecia mais do que um pedaço, ela não se saciaria com menos do que tudo.

Se não era pra ser, que não fosse e também não ia fazer disso mais um drama na sua vida. Um dia poderiam até ser amigos...provavelmente seriam; Ele era bom.

"Me venha quente ou frio, mas não me venha morno, que eu te vomito."

The end.


Felicidade é de repente !!

Felicidade pode ser um dia de sol numa cidade onde há praia; um sorvete com gosto de infância; um amigo com um sorriso de conforto; um abraço com gosto de ponto final na saudade;

Felicidade pode ser um elogio inesperado; um convite muito aguardado; um livro que nos rouba a atenção; um filme que nos motiva; uma música que nos faz cantar;

Felicidade pode ser o colo de mãe; colocar um filho no colo; ganhar um elogio do pai; receber um pedido de irmão; fazer um favor a um amigo; ser gentil com um estranho; receber uma cantada sutil e inusitada;

Felicidade pode ser colorir com uma criança; correr com um cachorro; descobrir um talento novo; ouvir alguém cantar;

Felicidade pode ser um brigadeiro no meio da dieta; terapia no meio do desespero; pôr-do-sol em dia azul; lua cheia de mãos dadas;

Felicidade pode ser visitar uma construção; fazer de conta com um cúmplice; ganhar beijo roubado; sentir um cheiro gostoso; ficar meio grudado; ouvir os segredos do outro e depois de longos beijos de boa noite seguir sorrindo sozinha, cantando alto dentro do carro, simplesmente porque o dia de hoje aconteceu !!

Felicidade pode surgir assim num estalo, quando você menos espera ou planeja, no dia em que você sai descabelada e de havaianas só para ir até a banca de revista';

Felicidade geralmente é sorrateira, imprevista, aparece no fim da tarde sexta-feira ou até numamanhã de segunda...

Felicidade é coisa que a gente procura, mas é ela quem nos encontra, assim, de repente !!

13 de novembro de 2009

ps.

O que o tempo leva não é o encontro, mas o desencontro e a separação. O encontro é coisa viva, presente, que corre no tempo. A separação é que é estática, matéria morta, ainda que em carne viva. De qualquer modo, a escolha está sempre com cada um e nos dois ao mesmo tempo.

PARTE II - Ele, Ela e o precípicio ou Possibilidade amorosa

Da maneira mais inusitada eles se encontraram. Dentre os bilhões de seres que habitam esse planeta, justamente eles vieram a se encontrar.

Eles se conheceram mostrando uma alma aberta cheia de boas intenções e, ao se depararem com afinidades, desejos foram evocados e mais tarde foram se misturando tesão, carinho e amizade. Eles se mostraram predispostos ao que queriam, mas mostraram o que queriam mostrar.

Cada pessoa deste mundo não é apenas carne osso e cérebro, é principalmente o resultado de suas circunstâncias e experiências, enfim um complexo subjetivo de idéias e emoções, por assim dizer.

Em cada “infinito particular” há um caminho a percorrer para se atingir a essência do sentimento. Um caminho que percorremos sozinhos e um caminho que o outro percorre, ambos às cegas.

Em suma: cada um tem suas próprias confusões e para amar tem que superar esses obstáculos internos. De giual modo, o outro, aquele que chega, tem que suscitar, sem saber, essa vontade de superação, essa disposição e esperança que irão sobrepor frustrações passadas.

Por outro lado, se deixarmos as frustrações passadas comandarem nossos destinos nos tornamos amargos, frios e a vida fica tão pragmática e cinza que não há muito pelo que viver...apenas sobrevive-se !!

O que é a vida sem a esperança de amar ? O que é um indivíduo que desistiu das outras pessoas e do amor ? De que é feito o Homem que não ama ? Isso existe  -  a renúncia absoluta ao amor ?

No filme Thomas Crown, há uma frase bem interessante, algo como: “dois porcos-espinhos não se abraçam.”. Isso faz pensar: como esses bichinhos se reproduzem ??? (risos). Na verdade, o que o diálogo traz à tona é a inviabilidade de um relacionamento entre duas pessoas que se defendem o tempo todo de sentir.
Amor, paixão, amizade, nenhum sentimento que aproxima ou une duas pessoas tem seguro ou garantia qualquer. Nenhum deles traz certeza, mas um mundo de possibilidades: o inesperado se abre à nossa frente, quando nos abrimos a uma outra pessoa. Todo sentimento é um risco de ganho ou de perda.
Esperem !! Há sim uma certeza: o aprendizado. É impossível relacionar-se com um outro ser humano sem aprender algo e, muitas vezes, é alguma coisa que há tempos queríamos ou precisávamos aprender, quiçá uma peça que faltava no quebra-cabeças do autoconhecimento.
Pois bem. Nos primeiros encontros Ele e Ela pareciam ter iniciado esse processo de conhecimento mútuo e de receptividade recíproca. Pareciam prontos para aproveitar aquele Encontro.

No início, Ela estava cheia de cautelas e ele arrojado, cheio de idéias – imagine um convite pro reveillon em pleno S. João, por exemplo ?...risos.

Ressabiada, ela punha alguns freios no entusiasmo dele; já tinha sido ferida e a última vez demorou a cicatrizar. Sua alma impetuosa tinha se iludido muitas vezes e ela não queria ter que lidar com um novo desengano. Não era dada a superficialidades, mas muitas vezes teve que enfrentar a banalização do que lhe era especial.

Ela tinha medo de se entusiasmar e se ver de novo só e frustrada. No fundo de si, ela guardava a idéia de que a maior reação às feridas, ou ao acaso que lhe desfavoreceu, era a resiliência, a reconstrução de si, a capacidade de tentar de novo...tinha vivido de modo a fazer de si uma Fênix emocional. O renovar de suas esperança no amor e nas pessoas era que a fazia sentir vencedora, pois a amargura era para os fracos de espírito, cuja luz não brotava da tristeza. Não era esperançosa o tempo todo, tinha medos como todo mundo, mas se negava veementemente a ser amarga e conformada e para isso se vigiava constantemente. Porque é preciso vigília para não se deixar abater e apagar pela dor.

Ele, por outro lado, chegou como se tivesse a alma limpa e sem marcas, cheio de autoconfiança como quem superou por completo todas as experiências negativas que já viveu ou como quem nunca amou (só quem nunca amou, nunca sofreu de amor).

Ele desafiou aquela mulher a confiar na sua voz doce e seus olhos de sonho e paz, mas não suportou quando viu esperança nos olhos dela. Talvez nem soubesse quem era até ali, até se ver diante do que ‘não tinha e não sabia se poderia ter’. Como alguém que esconde muitas cicatrizes imperceptíveis aos olhos dos outros, ele se retraiu e a afastou. De doce, passou à secura da objetividade; os sonhos se transformaram em pragmatismos desfavoráveis; possibilidades foram aprisionadas em decretos de inviabilidade e a chance de amar se transformou numa dúvida interminável.

Provável que ele nem mesmo soubesse o tamanho de sua falta de esperança, de sua pouca coragem ou disposição para se abrir diante de uma possibilidade amorosa.

Sim, de um encontro não nasce o amor, mas possibilidade amorosa e , em seguida, outras possibilidades vão surgindo e a cada escolha um caminho vais e desenhando, um caminho muitas vezes inimaginável, completamente inesperado.

À primeira prova de que as coisas poderiam se aprofundar e virar uma história, Ele se retraiu, virou do quase do avesso, mostrou-se o oposto da pessoa que a havia tocado. Conhecem aquela folhinha que se fecha ao ser tocada ??!!

Subitamente, ele agiu como se estivesse certo de que tinha ganho o coração daquela mulher "sem querer". Tolo engano: ele sequer a havia conquistado por inteiro e já começava a perdê-la a cada instante.

Dentro de si, Ela se revoltou com o desengano e se afastou, indignada com a própria capacidade de investir no ser humano e em sentimentos. Ainda não seria dessa vez, pensou. Não seria dessa vez que ultrapassaria a superficialidade que reina nos dias atuais e conheceria por inteiro um outro homem ou que poderia se apaixonar de novo.

Era possível que Ela não tivesse intuição alguma , apenas vontade ? Devia , enfim, resignar-se em alcançar a paz na solidão ? Era esse o caminho a seguir ? Não é possível que o mundo estivesse a lhe dizer isso !!

Ele procurava dentro de si uma escolha: responder àquele chamado ou seguir do jeito que estava ? seria possível nunca pensar em como teria sido entregar-se a Ela ? Agora que a tinha conhecido, que sentiu a vida sussurar no seu ouvido um convite, era possível simplesmente seguir em frente numa marcha seca e ríspida como se nada tivesse acontecido ? Eram tantas promessas nas entrelinhas das conversas, tanta energia no toque e tanta intimidade incompreensível e ilógica quando estava com Ela...  Iria aquilo tudo bagunçar ou reorganizar o seu mundo ?

Postas as cartas na mesa, Ela e Ele tentaram se reencontrar, mas não se sabe que fim isso teve ou terá. Eles ficarão bem, juntos ou não, cada um à sua maneira.


Entendo o que houve com Eles. É difícil atirar-se nesse precipício chamado o Outro. Como bem disse Djavan: “não existe amor sem medo”. Mas como sentir as delícias de amar e ser amado sem buscar em si mesmo a coragem que é indispensável para ser digno de amor ? O próprio Djavan responde na mesma música: "quem não pra quem se dar o dia é igual a noite, tempo parado no ar, calor, insônia."

Covardes até se casam, mas não amam por inteiro. Só aos corajosos a paixão e o amor se mostram em plenitude.

Não se sabe ainda o desfecho desse encontro, mas como esses dois, milhares de pessoas andam se encontrando por aí e deixando de viver possibilidades deliciosas em virtude de medos que nada mais são do que a supervalorização da dor em detrimento da esperança.


No que me diz respeito, mesmo que não haja fé e esperança o tempo todo, mesmo que eu tenha cicatrizes e histórias de horror no baú particular da minha existência, não vou renunciar ao amor nunca. Me recuso a renunciar ao amor. Me chamem de louca, piegas, ridícula, nada disso vai importar...porque cada vez que penso na delícia que é amar e ser amada, minha alma viceja, a vida ganha sentido e a esperança se renova e foi essa a escolha que fiz pra mim: acreditar, apesar de tudo e por causa de tudo. E enquanto o amor não vem, vou vivendo o que houver pra viver.


E você : casou com a solidão ou está apenas esperando o amor chegar ?

10 de novembro de 2009

Sentir cansa...

Num mundo onde a razão e a objetividade são supervalorizados em detrimento da emoção e sensibilidade, ter empatia e ser sensível ou reconhecer subjetividades (minhas e alheias) pode ser bem desgastante...

9 de novembro de 2009

"Eu quero a sorte de um amor tranquilo."

Todo mundo diz que quer amar.
Quantos estão predispostos de verdade a isso ?

Quantos querem isso de verdade ? Quantos querem olhar a pessoa ao lado, negociar vontades, dividir sonhos, assumir a responsabilidade e a delícia de um amor ??
Amor diverte, ilumina, torna a vida mais leve, mas traz responsabilidades com o amor e com quem se ama.

Não adianta pensar que amar é só fantasia, flores e desejo, mas também não precisa ser complicado.
Às vezes complica e é preciso insistir, mas não dá pra ser complicado o tempo todo porque amor é pra tornar a vida mais fácil...porque quando se ama tudo parece menor, mais simples, dividido.
Quando se tem a segurança de um abraço terno à nossa espera no fim do dia, todo o dia tem outro sentido. De mãos dadas, todo caminho parece florido e todo problema parece menor (exceto os do amor).
E a diferença, a leveza não está nas coisas da vida, pois estas continuam as mesmas, o que muda é nosso jeito de encarar a vida.

Para amar, é preciso coragem, de se abrir, se expor, se entregar; é preciso humor, para não levar pequenas diferenças tão à sério; é preciso entrega, para conquistar confiança; libido, para acender o fogo no corpo de quems e ama; é preciso alguma ousadia, para criar novidades e pintar sonhos; é preciso sonhos, para estimular caminho; é preciso caminhar juntos, na mesma direção, com o olhar para o mesmo ponto...são duas pessoas, mas um só caminho e muita vontade de ficar juntos.

Problemas virão e é dos momentos felizes que virão a força e a certeza necessárias para persistir e insistir nos momentos difíceis, onde vc lembrará que não são UM, porque ninguém é metade...
Eh, ninguém é metade. A mídia, os contos de fadas, até livros de auto-ajuda falam de alma gêmea, blá, blá, blá, mas essa história de "metade de laranja" não existe.
Todo mundo nasce inteiro e só, mas tudo é muito melhor com um amor...quase tudo é possível sozinho, mas é melhor compartilhado com alguém especial para gente.

A gente precisa querer amar e, depois de amar e conquistar, querer esse alguém amado por perto, mas querer todo dia, pois amor não é algo estanque, estático que se exaure na conquista do 'eu te amo'. Amor é algo dinâmico e por isso não tem compromisso com a eternidade, embora seja muitas vezes a nossa úncia certeza na vida.

E se você já amou e foi amado(a) pelo menos uma vez na vida, então sabe exatamente do que estou falando...mesmo que seja só uma lembrança.

Desejo que essa lembrança não lhe baste, não lhe tenha saciado a alma e que essa sede de amor lhe mova a amar de novo, lhe dê coragem para amar de novo e que um novo amor lhe venha encher a alma de vida a qualquer momento.

2 de novembro de 2009

A (frágil) condição humana e paradoxos

Tem dias que tudo que menos se quer é sentir a solidão na carne, à flor da pele e em cada víscera...há dias em que poucas coisas nos tiram dessa imersão na consciência de que somos sós.

Temo mais a solidão que a morte, mas já não tenho mais a mesma facilidade de pedir ajuda. Já não vejo com tranquilidade a circunstância de expor meus sentimentos e minhas fragilidades, menos ainda de mostrar que não dou conta de alguma coisa.

O mundo exige tanto de todos...e eu exijo muito de mim. Me dou com mais facilidade do que reconheço que preciso do outro. Gostaria que o outro fosse opcional e eventual, sem que isso me causasse falta, sem que houvesse momentos de urgência...exercito isso.

Ninguém quer ser só, mas quase ninguém quer a responsabilidade de ser necessário, por isso não precisar é um jeito de manter. O exercício de não precisar muitas vezes nos torna menos tolerantes, menos gregários, menos sociáveis, menos...humanos.

E você ? o que exije de si ? o que quer do outro ?

1 de novembro de 2009

PARTE I - ENCONTRO

Eles se encontraram ao acaso, por assim dizer.
Não, a verdade é que de um certo modo tiveram a chance de se escolherem e o acaso deu um aval importante. Se é que o acaso move encontros...
Conversaram um tantinho, ainda distantes fisicamente (milagres da tecnologia), e trocaram predileções e impressões sobre a vida, antes do impactante encontro de estréia.
Sim, com eles foi impactante desde o primeiro encontro. Não houve fogos de artifício ou efeitos especiais apreciáveis por terceiros, mas mexeu com eles.
Ela estava nervosa; chegou antes e temia não saber o que dizer ou como gesticular. Ela odiava quando getsiculava demais ou de menos.
Ao vê-lo, a imagem real dele não era a da sua mente, mas em pouco tempo esse desencontro de projeções se tornou desimportante.
Ele pareceu enternecido ou embevecido, mas era tão autoconfiante que não deixou transparecer nada que não fossem galantes elogios à aparência dela. Elogios q ela relutava em acatar e, ainda ssim, ele insistia em proferir.
Risos...muitos risos foram soltos no ar. Risos de um colorido realmente primaveril. Eles haviam se encontrado na estação certa, pelo visto.
De repente, o que era pra ser um encontro de estréia, talvez rápido e superficial, parecia um encontro de velhos conhecidos, com um quê de romance no ar... pareciam já se conhecer há tempos, tinham muitas afinidades e a melhor delas é que não se furtavam de falar de coisas profundas e interessantes ; coisas da vida... Empatia de estranhos conhecidos.
Serem conscientes da sua condição humana, seus limites, seus dilemas e suas buscas os aproximou de uma maneira difícil de acontecer em tempos de amizades eventuais e sexo casual.
Ali, naquela mesma, naquele café, abriu-se um portal no tempo X espaço e eles divagaram, riram, confessaram e conversaram sem ver o tempo passar.
Não havia estranheza ou silêncios cortantes, havia afinidade, interação e um quase-flerte.
Pra confirmar que não foi misancene, nem sorte de principiantes, e que havia uma energia, uma química muito forte, naqules instantes, eles se encontraram de novo e se falaram muitas outras vezes.
Foi então que num  desses encontros, depois de muito falarem, rirem e divagarem, já sem o receio de precipitar o toque e sob clima de romance no ar...aconteceu um beijo.
Naquela madrugada de um domingo de lua crescente, um beijo transformou um segundo em vários minutos, onde mais nada existia a não ser eles dois, ali, na rua, naquele abraço, naquele inevitável laço que por algum tempo os unia desconcertantemente.

Não sabiam até onde seguiriam, mas sabiam que aquele beijo, intenso, entregue e demorado foi inevitável... foi romance e luxúria; uma explosão de sentimentos confusos que não lhes parecia fazer falta, mas de repente pareciam tão urgentes.

Sorria vc está na Bahia!

Isso aí é um fim de tarde na minha cidade...coisa linda de se testemunhar...e olha q não era dia ensolarado...

Inquietude, Intuição x Fatos

Se minha intuição não encontra respaldo em fatos, fica difícil pra mim confiar nela...
Meu Deus, como fica mais difícil tolerar e confiar ao longo dos anos...os medos, as experiências nos tornam tão reticentes, cautelosos, alguns até discrentes...
Tento acalmar meus ímpetos institivos, racionalizar, mas não tolero bem não ter meus sentimentos e sensibilidade levados a sério.
Não quero tratores emocionais alimentados pelo egoísmos ou egocentrismo na minha vida. QUERO GENTE !!  mas a  cada dia descubro que não estou disposta a pagar qualquer preço.
Uma noite de insônia às vezes nos ensina muito sobre nós mesmos. Uma noite de insônia na solidão quase nos força a aprender. Se alguns pensam nos debates, é no silência que reflito e aprendo com eles. Durante eu ouço, rebato, interajo...na solidão minha mente inquieta não pára...
Estou sim com dificuldade de confiar, de apostar...não sei bem como lidar com isso porque não acho mais que seja um defeito, mas uma proteção e é aí que mora o perigo de me render à solidão...

Nova onda feminina na MPB - tô curtindo

Caetano falou dela há mais de um ano, mas agora Maria Gadu tá bombando por aí, incluisve no meu Ipod e som do carro.
Uma das preferidas é Encontro, mas adoro tb Shimbalaiê...

Outra que vai bombar a qualquer hora e eu adoro ouvir desde que vi no prêmio Multishow é Ana Cañas.

E por fim, estão na área Céu, Roberta Sá e um tanto de vozes lindas e letras eloquentes dando um refresh na MPB nacional e deixoando uma diversidade interessante.