28 de dezembro de 2010

Oswaldo Montenegro - Metade



Metade

Oswaldo Montenegro
Composição: Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

9 de novembro de 2010

Ana Carolina -- Elevador / Livro de Esquecimento - Clipe Oficial

"Me ganhou, vai ter que me levar."

" Entreolhares " - Ana Carolina e Will Legend

Essa música é linda e a frase que deu título a este post devastadoramente justa...rs. Por que há conquistas vãs ? Por que algumas pessoas nos conquistam sem razão ? Pior: por que não sabem o que fazer quandos e dão conta de que nos conquistaram?

É muito frustrante quando alguém, simplesmente do jeito que é, conquista algo de especial em nós: a predisposição ao envolvimento, o encantamento, a confiança...e depois não quer saber de nada disso, quer apenas o fugaz, o momento, o "flash do encontro".

Ela estava lá, quieta no seu cantinho, cuidando sozinha de si mesma, achando que deveria exercitar ao máximo a autossuficiência e lidando bem com a solidão. De repente, eis que surge esse alguém, "olhando, querendo, procurando"...e quando ela se deixou levar sem querer saber onde iria dar, ele puxou o tapete dizendo que só queria estar ali, mas não sabia se queria seguir. #fail

5 de novembro de 2010

Era uma vez...não foi.

Era uma vez uma mulher que usava um perfume de uma marca fabricante de canivete suíço e sorria para a vida querendo aproveitar e amar. Um dia, ela conheceu, completamente ao acaso,  um homem (meio meninão ou meio instável), com uma inteligência e perspicácia acima da média, mas sem muito foco.

Apesar do racicínio lógico, ele surgiu quando aquela mulher estava mais sensível e de um jeito muito peculiar, apesar da pouca estatura, ele a abraçou como quem cuida do mundo de alguém....e ele sabia fazer cafuné, contar histórias de outros lugares, fazê-la rir, ouvir o que ela tinah a dizer...mas ele avisou que apesar de tudo isso era frio por dentro.

Ela não tinha um coração precavido, mas já havia aprendido o suficiente com a vida para não contrariar avisos assim e aos poucos foi aproveitando, mas também segurando a si mesma.

Um dia ele lhe apresentou um pôr-do-sol diferente e um momento desses que fica para sempre nas lembranças, mas ele não se propôs a correr o risco de amar, de viver uma história e ela não suportava esse meio-termo, meia-entrega, meio-covarde emocionalmente...sim, porque o amor é para os corajosos, não tem seguro, nem manual.

Foi então que ela se fechou, recolheu sua coragem, sua disposição e seu entusiasmo e foi seguir sozinha, era uma vez o que não foi.

2 de novembro de 2010

E em dias difíceis, a fotografia tem sido uma solidária companhia... assim como tem sido ótima a companhia de quem me apresentou essa vista na minha cidade.

Às vezes me dou conta de que não conheço um décimo das belezas de Salvador. Apesar de a cidade não estar no auge da sua apresentação, há lugares históricos e belezas naturais incríveis.

Essa foto foi feita a partir do Forte de São Marcelo, que eu só tinha visitado em evento protocolar há uns 20 anos. Foi maravilhoso e delicioso revisitar o forte com a P-90 e descobrir um lugar onde é possível estar consigo mesma e ouvir o mar, além de presenciar um lindo pôr-do-sol e obter boas imagens, que podem ficar ainda melhores.

Há coisas piores do que a morte e a guerra ou Minha avó, meu tesouro.

Nós passamos boa parte da vida pensando "pior é na guerra" ou "só para a morte não há saída", como se essas fossem as piores coisas a que estamos sujeitos. De repente, algo na vida ou da vida nos mostra que não é bem assim.

Pensamos também que a morte de alguém querido é das piores coisas que precisaremos superar, mas eis que a vida também pode nos mostrar que a forma como esse alguém morre (ou não) também pode agravar a dor. Perder alguém para a morte é péssimo; perder alguém ainda vivo, é pior.

Alguns de vocês sabem exatamente sobre o que estou falando e eu lamento que saibam, assim como lamento que eu eminha família tenhamos descoberto.
No dia em que o mais sensível, esperançoso e empenhado dos médicos da minha avó disse que não havia mais nada a ser feito a não ser esperar que o corpo dela descansasse e o óbito viesse foi um dos piores dias da minha vida. Um dia do qual ainda não me recuperei e que para sempre vou lamentar. Isso foi dito numa reunião com minha família materna e cada um recebeu de uma forma personalíssima a notícia. Eu fui a única neta presente. Eu me sinto a 5a. filha, não posso negar.

Cientificamente, não sei se o que minha avó passa é o que chamam de vida vegetativa ou morte cerebral, mas acho que é um pouco pior, pois minha ela respira, seu corpo funciona, mas ela não está ali, não abre os olhos, não demonstra estar viva, senão pela aferição de aparelhos que jamais permitirão que eu a sinta de novo presente. O consolo é saber que ela não sente dor, o medo maiorfoi quando o médico disse que ela poderia sentir.
Eu lhes digo: esse contexto é pior do que saber que ela não estará mais aqui; é pior do que a morte. Qualquer conclusão sobre a situação é dura demais e neste momento me sinto incapaz de redigir frases tão duras e pragmáticas.

Desde que ela entrou em coma, eu sabia que ela poderia não acordar, tanto por estar há mais de 03 anos envolvida com assuntos médicos, quanto por conhecimento geral e perguntas que fiz aos médicos dela. Eu tinha tanto medo de que acontecesse o que acontece agora (ou talvez intuisse) que cheguei a perguntar com todas as letras ao neurocirurgião e ele foi duro ao responder, mas também esclareceu.

Quando a vejo, meu coração dói...dói tanto que às vezes acho que não vou suportar a angústia.

Até aquele dia, eu achava que estava conformada, mas a notícia trouxe pra fora todo medo, dor e uma certa revolta pela perda. Dói por mim, por minha mãe, por meus tios; dói por adivinhar a ausência, por perder sonhos, mas principalmente dói não sentir mais minha avó me dando colo, me fazendo cafuné, me olhando como só ela me olhava - um olhar que SEMPRE me fazia mais especial do que penso ser. Ela sempre foi parte especial, importante e doce da minha vida; o colo que eu SEMPRE tive a minha disposição, o cafuné mais gostoso, o momento de deixar d elado a vida adulta e voltar a ser só a neta dela; alguém que sempre me olhou com certa veneração e para quem eu quis ser sempre o meu melhor... minha avó era parte da mjinhas conquistas, orgulho dos meus acerto e alento nos erros ou fracassos...era também força para superar; mais do que rezar, ela me incentivava, acolhia...e como eu já disse: ela era a única que me fazia especial com todos os meus erros, acertos, qualidades e defeitos, cada vez que olhava pra mim e me chamava de minha filha


Eu tenho 32 anos e muitos podem imaginar que a avó não tem mais um espaço importante...comigo isso não se aplica, nunca se aplicou, jamais se aplicaria ou aplicará. Minha avó construiu comigo uma relação única, que talvez venha mesmo de outras vidas, de outras razões muito mais fortes que o sangue.

Se "as avós são as esmeraldas de toda criança", eu tive/tenho uma mina de pedras precisosas, das mais especiais e raras reunidas numa só avó. Ela foi e é, ao lado de meu avô e meus pais, o meu maior tesouro, meu bilhete da megasena acumulada.
Nunca, jamais, eu deixarei de ser grata por minha avózinha ter feito parte da minha vida, da minha essência e por termos nos amado tanto e sempre e estado sempre muito próximas. Lembranças dos nossos momentos serão sempre afagos na minha alma.

Eu quis muito ter um filho que ela pudesse embalar e contar histórias que eu ouvi na infância...não deu tempo...me atrasei.

Minha avó foi a tradução completa do que a palavra avó traz em si e eu nunca terei feito por ela tudo que ela fez por mim, mas nos amamos muito e nunca nos perderemos por completo. Nesse momento só posso rezar pelo bem dela, superar minha covardia para visitá-la, apoiar meus familiares e seguir na busca de viver "apesar de" e superar aos poucos a dor.

Bruno Mars - Just The Way You Are [Official Video]

Benvinda, minha estrelinha.

No dia 22 de outubro de 2010, às 23;49, com 3,450kg e 49,50 cm nasceu Maria Fernanda, minha sobrinha de coração e, em breve, minha afilhada. Veio ao mundo trazer alegria, luz e renovação...veio ao mundo para ser feliz, saudável e amada. Deus a abençoe e proteja e me guie na tarefa de ser sua madrinha, para que eu honre essa benção, esse presente que será ter mais um laço com uma família que tanto me acolhe e que eu tanto amo.

Queria/quero para ela um mundo mais doce, mais tranquilo, de pessoas mais amáveis, mais solidárias, mais educadas, mais conscientes.Queria/quero para ela um Brasil mais seguro, mais educado, menos desigual... Quero para ela muito amor, descobertas, surpresas, dias de sol e friozinho de inverno aquecido; quero para ela uma vida rica, mas segura (como se fosse possível uma vida inteira em segurança)...quero ela TUDO de bom, possível ou não.

Quando a vi pela primeira vez, tive os mesmos sentimentos que tive quando vi sua irmã (meu raio de sol) pela primeira vez há 05 anos: muita emoção que transbordou em lágrimas e não se resume em uma palavra (ou várias).

Maria Fernanda foi a 1a. criança que assisti chegar ao berçário, ainda vermelhinha e assisti tomar o primeiro banho e buscar ávida o próprio dedo, enquanto não reencontrava o peito da mãe. Ela chegou faminta, esperta e depois de ter o que queria, adormeceu calma como um amanhecer. Naquele momento, embevecida diante do vidro do berçário e depois ao ver ela com os pais no quarto, eu senti DEUS ... minha fé teve uma certeza imensa de que Deus existe e é amor e misericórdia e luz. Estar lá naquele momento era presenciar um milagre.

Minha estrelinha chegou para iluminar a vida de muitas pessoas, a minha ela já ilumina desde o momento em que coloquei meus olhos sobre ela nos seus primeiros momentos de vida. E como foi bom estar lá naquele momento ...muito bom...ela nem faz idéia...rs

Muito Prazer: uma nova eu

Há momentos em que nem escrever ajuda a superar/enfrentar a dor, em outros amedronta. Escrever sobre a dor pode ser como um duelo dentro de si mesmo.

Há dias venho pensando num post, mas tenho medo de tirá-lo do peito para colocá-lo em palavras...

Muitas coisas acontecendo a um só tempo e eu sem saber se estou negando a dor ou me deparando com uma nova eu, mais madura, mais dura, menos lacrimosa...finalmente, percebo tudo que Freud, Lacan, e minha analista me ajudaram a fazer por mim mesma: amadurecer.

A análise/terapia não dão um manual, não tem regras, nem garantias, nem fórmulas, mas para mim funciona como uma bússola na busca de uma vida melhor, mais pacífica comigo mesma e, por consequência, mais tolerante e pacífica com o mundo. Não é um processo fácil, demanda perseverança, disciplina, coragem e resiliência, mas vale a pena.

Agora, me reconheço mais madura, mais forte, mais resiliente, mais racional, deixei de ser um problema para minha própria felicidade ou simples existência.

Há ainda muito o que eu fazer por e para mim, mas nesse momento de dor, de perda, o que já aprendi sobre mim, o que mudei em mim e o que aprendi a encarar são de importância vital para o viver.

7 de outubro de 2010

Mudou de novo...o nosso endereço

Até que eu adquira um domínio personalizado, minha inquietude vai continuar se manifestando até mesmo no endereço deste blog, sobretudo enquanto eu penso que sei o número de pessoas que lê (a maioria via e-mail...rs)
Já que em quase tudo na vida a única coisa permanente é mesmo a mudança, como muitos autores já disseram,  o endereço desse espaço construído por pensamentos nada lineares e sujeitos a alterações a qualquer momento agora é:


ENJOY!!!

24 de setembro de 2010

Há momentos em que a gente cansa corpo, mente e até desejo. Desejar o que não se tem causa certa exaustão.

13 de setembro de 2010

‎"Vou mostrando como sou
e vou sendo como posso,
jogando meu corpo no mundo,
andando por todos os cantos
e pela lei natural dos encontros eu deixo e recebo um tanto..."

AMOR: Urgência da vida.

Há momento em que a vida parece uma viagem em avião: está tudo calmo e de uma hora para outra uma zona de turbulência faz tudo sacudir, trepidar e causa incômodo, medo ou até pânico.

Ando numa zona de turbulência nos últimos dias. Começou dentro de mim e depois de fora para dentro.

Gostaria de ser daquelas pessoas que focam no aprendizado que a turbulência trará, mas não sou e quando estou vivenciando o chacoalhão tudo que quero é paz e tranquilidade e fica difícil extrair o que há de bom num mau momento. No "olho do furacão"  tudo é turvo.

Não tenho medo da minha morte, como já disse antes, mas tenho muito medo de perder alguém que amo, para a vida ou para a morte...especialmente para a morte. Essa possibilidade me causa pânico e falar em "lei natural das coisas" não parece fazer sentido algum. Que lei natural é essa que traz sofrimento, dor e vazio ??!! Algumas pessoas simplesmente dão sentido à nossa existência.

Graças a Deus, aos cuidados, à medicina e à sorte, não perdi ninguém que amo agora. Não consigo pensar em como ficaria se perdesse alguém nesse momento (se é que haverá momento em que estive/estarei "pronta" para isso). Perdas me apavoram...

Ver quem amamos adoecer chama a nossa atenção para a vida: o que estou fazendo com a minha ? o que você tem feito da sua ? Muitas vezes amamos e não demosntramos o suficiente ou adequadamente. Em alguns períodos vivemos comos e nunca fôssemos morrer e como se as pessoas que amamos fossems emrpe estar ali e assim vamos adiando abraços, sorrisos, declarações, momentos. NÃO ADIEMOS MAIS, pois a vida é urgente, o tempo urge e o amor não deveria ser deixado na gaveta das não-prioridades.

Adie o dentista, o salão de beleza, o cinema, adie até os pagamentos, mas não adie as demonstrações de amor e amizade.

Amemos hoje as pessoas que amamos. Busquemos hoje a felicidade, o amor, a paz, pois o amanhã é sempre uma dúvida, um mistério...um segredo.

17 de agosto de 2010

Pensamento de hoje

Que o que tiver que ser, seja logo; 
Que o que há pra vigorar, aconteça logo;
Que o inesperado (de bom) me aconteça já;
Acordei com a alma apressada pra ser feliz !!!

Felicidade tem me parecido urgência absoluta.

29 de julho de 2010

É simples, quando acontece !!

"Mantenho o passo alguém me vê 
Nada acontece, não sei porque
Se eu não perdi nenhum detalhe
Onde foi que eu errei
Ainda encontro a fórmula do amor
Ainda encontro a fórmula do amor..."

Lembram dessa música cantada pelo Kid Abelha e depois regravada pelo Jammil com participação de Claúdia Leite??

Boa parte da letra dessa música se mantem atual, afinal : quem sabe a fórmula para conquistar um amor ?

Nos dizem algo como: arrume-se elegante e sensual, sem vulgaridade; coma pouco e devagar e beba menos ainda; não fale dos problemas; sorria das piadas; não dê no primeiro encontro; não se mostre ansiosa em casar; mostre-se feminina, mas não carente;...blá, blá, blá...NADA DISSO GARANTE UMA CONQUISTA, nem garante que valerá a pena.

Perdemos tempo tentando entender como funciona esse jogo onde um homem e uma mulher se conhecem, se atraem e iniciam um relacionamento e esse encontro se transforma numa história de amor e cumplicidade. Perdemos tempo, pois não há fórmula, simplesmente acontece.

Ele não deixou de ficar com você porque você assumiu ter tesão na primeira noite ou porque foi a primeira a ligar no dia seguinte; ele não desistiu de levar adiante porque você comeu mais do que ele ou porque não achou graça das piadas ou porque disse que queria ser mãe...simplesmente não deu. Ou não houve química ou não era o momento dele se apegar a alguém ou não houve química. Não há culpa, houve um desencontro.

Às vezes é você quem não consegue ficar com ele, que já chega na sua vida com problemas demais, que nunca tem tempo, que não gosta de cinema, que usa "cueca de pacote", que não come devagar, que beija com a boca fechada, que goza calado, que fica sempre muito calado, que não liga pra fazer jogo duro, que não nota seu novo corte de cabelo, que não sabe elogiar...um dia pode ser você que não conseguirá ver como levar adiante o encontro, mesmo que ele te ache a Mulher Maravilha.

Uma hora dessas, talvez na mais despretensiosa , você vai estar distraída e conhecerá alguém que decidirá passar cada vez mais tempo ao seu lado justamente porque você não faz dieta, fala o que pensa, assume seu tesão e está louca pra ter um filho; alguém vai se apaixonar por você simplesmente como você é e esse mesmo alguém vai despertar em você a vontade de caminhar de mãos dadas com um olhar encantado (ou encontrado), pois é assim quando acontece...simples assim.

20 de julho de 2010

Autoconhecimento vale a pena.

Todos temos qualidade, limitações e defeitos, isto é um fato. O que muda é a forma como cada um percebe e lida com isso.

Algumas pessoas vivem em eterna negação dos próprios defeitos e se orgulham em excesso das suas qualidades; outras vivem insatisfeitas com seus defeitos e limitações de maneira tão incômoda que mal notam suas virtudes. Tem aqueles que nem se percebem direito, de tão preocupados que estão em focar no outro: o famoso "macaco que não olha pro próprio rabo."

O mais importante de perceber a si mesmo é o autoconhecimento e com isso a melhoria da vida. Francis Bacon, no século 17, disse "conhecimento é poder" e estava certo, o que torna o aforismo válido e perspicaz até hoje, mesmo depois de o terem parafraseado para "informação é poder". Bacon se inspirou em contextos políticos e sociais, mas acho que se aplica á realida micro de um só ser humano também.

Se nos conhecemos, passamos a deter maior poder sobre nós mesmos, nossos atos, pensamentos e objetivos.

Vejo pessoas correndo de um dia para o outro sem notarem o que passa no seu micromundo, sem saberem dizer quem são, sem terem noção do quanto podem ser boas ou más, para si e para os outros. Entretanto, para algumas pessoas o autoconhecimento é indispensável para viver melhor e mais feliz.

O autoconhecimento não vem de graça, depende de foco, investimento e esforço, mas sobretudo é preciso coragem. Coragem para reconhecer fragilidades, desconstruir referências, vencer defeitos e limitações e até para sentir dor. E mais: acima de tudo é preciso saber que isso muito provavelmente tornará a vida melhor, mas não o tornará perfeito. Que isso não lhe desanime...

16 de julho de 2010

Achei pela web e não resisti...quem nunca pensou algo parecido ??? risos

Demorou, mas eu quero !!!

Tem coisas nessa vida que a gente já nasce querendo...tem desejos que vêm com o tempo e a maturidade.

Desde que "me entendi por gente", como se diz aqui em Salvador, eu desejei (e desejo) ser mãe. Lembro que minhas bonecas nem sempre tinham maridos, até porque não havia a opção de bonecos que existe hoje (eu sou dos tempos pré-Bob e Bob foi o antecessor do Ken...abafa!), mas sempre dava um jeito de arrumar filhos para as Barbies...risos. Às vezes os ursinhos carinhosos viravam filhos da Barbie !!

Sempre tive certeza de que desejo ser mãe. No meu coração, existe um sentimento de que essa é uma parte muito importante da minha missão de vida, nesta vida. 

Quanto ao casamento, essa certeza demorou...

Eu não relacionava maternidade e casamento e por muito tempo foi assim, até que... eu amei.

Não foi na primeira vez que eu achei que amava um homem, mas na primeira vez que tive certeza de que amava e era amada, que eu pensei em casar e imaginei dividir a vida com alguém. Esse homem fez um lindo pedido de casamento numa noite estrelada, num lugar maravilhoso. Éramos nós dois numa mesa de restaurante de um hotel e ele escolheu alianças lindas e fez um pedido comovido e comovente para que tivessemos uma vida juntos. Acho que nunca tinha sentido tanta emoção transbordar dentro de mim até aquela noite: medo, felicidade, amor... tudo isso virou riso e choro, ao mesmo tempo. Eu disse um Sim feliz !! E disse também que não poderia casar "no dia seguinte", pois ainda não me sentia pronta, mas eu tinha certeza de que queria casar com ele e também lhe disse isso naquela noite.

Aquele dia foi lindo. A noite foi mais linda ainda...mas nós não nos casamos. E não pensem que esse foi um final infeliz; foi uma linda história de amor, tão linda que despertou em mim a vontade de compartilhar a vida com alguém, de confiar em alguém plenamente mais uma vez e ser feliz sonhando e vivendo com esse homem. Hoje eu e o homem que despertou a esposa que há em mim somos grandes amigos com lindas lembranças.

Foi naquela noite que eu comecei a pensar em casar. Ao contrário da maioria das mulheres e desde cedo faz do casamento uma meta, demorou até eu ter certeza de que casar era um desejo meu. Talvez eu tenha começado tarde a desejar o casamento, sempre desejei o Amor, antes de outra coisa. Hoje não quero apenas um filho, quero uma família. Quero acordar de manhã no abraço de alguém que me transmita cumplicidade, amor e paz.

Agora, depois dos 30, às vezes parece até que nós mulheres temos que disfarçar esse desejo tão legítimo. Não se trata de uma necessidade, pois vivo bem solteira, mas quer saber ?! Quero casar sim!! E não é pelo vestido, pelo buquê, pelo status (?) e muito menos pela festa, meu desejo continua sendo pelo Amor.

10 de junho de 2010

Aniversário...

...é só mais um dia no calendário, mas nele a idade da gente muda, ou melhor: somos lembrados do tempo em que estamos neste mundo.

...para muitos é só mais um dia, para quem tem uma criança dentro de si é um dia diferente. Comigo é assim. Adoro fazer aniversário. É como ter um novo reveillon quando o ano está chegando à metade. Muitas vezes também eu me sinto na metade ou pela metade, mas no aniversário nada disso importa.

Em muitos períodos pré-aniversários me preocupei ou entristeci com o que não tinha, com o que me faltava e, ainda assim, no dia D, eu esqueci qualquer coisa triste e fiquei feliz.

Não consigo me lembrar da minha história sem pensar no caminho que estou seguindo, nos meus sonhos, no que quero mudar, no que planejo conseguir. Não consigo pensar nos anos que já vivi sem pensar no que tenho pra viver.

Esse ano, tive sim alguma agonia ou ansiedade enquanto pensava nos sonhso que ainda não realizei, mas essa semana estou cheia da mais simples alegria e gratidão pelo que tenho, pelo que já vivi, pelas pessoas que estão na minha vida, pela minha família. Amanhã vai ser um dia de agradecer muito.

32 anos me pesam menos que os 29...risos. Me sinto melhor, mais corajosa, aprendi a usar o não, tenho exercitado muitas mudanças na minha forma de viver e sentir, tenho vigiado meus defeitos mais tóxicos, tenho sido generosa , apesar das dores que já vivi, tenho sido amiga, apesar da solidão que tantas vezes bate à porta; aprendi a respeitar os meus limites.

Tenho medo do envelhecimento, tanto do corpo quanto da alma. Não medo pavoroso e injustificado, mas medo asustado, medo do que só conheço enquanto vivo.

Cada pessoa que entrou na minha vida ou passou por ela me ensionou algo que eu precisava aprender; assim foi com cada acaso, cada caso, cada livro, cada lágrima, surpresa e sorriso, cada viagem, dentro e fora d emim, cada tragédida e cada conquista. Até as minhas desilusões me ensinaram muito.

Vivi muito em 32 anos e quero semrpe mais da vida. Sempre acho que existe algo melhor, maior e que eu estou perdendo...coisa de gente ansiosa e de imaginação fértil...

Por tudo isso eu acho o aniversário um dia especial. Dia de se sentir especial, de sorrir pra vida e se deixar abraçar !!


1 de junho de 2010

Outra curtinha

Não estou à procura de um "happy end", mas de um "happy beginning". O resto a gente vê depois...rs

24 de maio de 2010

Curtas

Não podemos nos sentir culpados apenas porque não demos a alguém o "happy end" que esperava e também não podemos nos apegar a uma frustração assim... se apegar ao "happy end" que não aconteceu só afasta o que pode vir.

***

Ninguém sabe por quanto tempo estará vivo, por que saberia quanto tempo as relações duram ?

Um moço chatinho na vida de uma moça que tinha em si uma menina!

Era uma vez um moço chatinho que inspirava a vida de um moça de imaginação fértil e nenhum deles entendia como isso acontecia, mas acontecia.

Pena que não acontecia nada além disso, mas muitas vezes isso é o que precisa acontecer para que um dia se torne melhor. Apesar disso, a moça inspirada torcia para que o moço tímido e cheio de regras, limites e receios conseguisse ser menos prisioneiro da realidade, dos fatos e dos medos, para ver as cores que ela via, ao menos algumas vezes.

A convivência entre eles era de muitas diferenças nas atitudes, muitas afinidades nas idéias e muito charme o tempo todo...pena que era só via msn, pois o moço chatinho é também tímido e a moça, que se sente mais viva sempre que fala com ele, e por isso mesmo mais atrevida e desafiada (risos), não se conforma em viver essa troca de energia somente no msn, mas acha que isso é mais interessante que o nada.

Essa convivência, ainda que virtual, ensinava muito a essa moça de alma inquieta e suscetível a desafios...ensinava como aproveitar o momento quando ele é tudo que se tem, a não criar expectativas, nem viver em função delas. E o aprendizado valia a pena porque eles criaram um mundinho onde diziam bobagens docemente divertidas.

Ela queria ser para ele o que ele era para ela: fôlego e inspiração, mas infelizmente essas coisas a gente não escolhe, nem determina, então ela estava aprendendo a arte de receber o que a vida dá, mesmo que não seja tudo o que se quer.

17 de maio de 2010

Uma imagem que diz muito.


E eu, tia emotiva que sou, estava lá, babando por essa menininha de cor-de-rosa fazendo passos que um dia eu também aprendi e achando nisso tudo uma nova graça.
Essa garotinha é que faz tudo mais interessante, quase mágico...vê-la dançando ballet foi especialmente emocionante. Ver o bebê de outro dia dançando para a mamãe dela foi lindo.
Toda as vezes que eu olho para essa garotinha, eu vejo que o mundo não é assim tão ruim e a vida tem sim muita graça... 

O que é empatia ?

"A palavra empatia origina-se do termo grego empátheia, que significa entrar no sentimento."

"Segundo Robert Sardello, precisamos passar por três fases distintas para desenvolver a empatia. O primeiro aspecto dessa atividade consiste em voltarmos conscientemente a nossa atenção para uma outra pessoa em uma atitude de abertura. Estendemos parte de nosso ser para além de seus limites usuais, ficamos interessados na existência e no destino da outra pessoa – mas não por curiosidade, aventura, criticismo, interesse pessoal ou poder."

A Wikipédia, ao apresentar o conceito, cita Carl Rogers:

O estado de empatia, ou de entendimento empático, consiste em perceber corretamente o marco de referência interno do outro com os significados e componentes emocionais que contém, como se fosse a outra pessoa, porém sem perder nunca essa condição de “como se”. A empatia implica, por exemplo, sentir a dor ou o prazer do outro como ele o sente e perceber suas causas como ele a percebe, porém sem perder nunca de vista que se trata da dor ou do prazer do outro.
Se esta condição de “como se” está ausente, nos encontramos diante de um caso de identificação.

Trouxe o conceito ao blog para que os poucos leitores reflitam a respeito e eu possa depois escrever sobre essa qualidade tão pouco cultivada hoje em dia.

12 de maio de 2010

A vida é curta e urge...

Semana Passada o Fantástico mostrou o caso de um homem de 31 anos que enfartou; sobreviveu.
Acabei de saber da morte de um homem de 30 anos; acidente.

Não conheço nenhum dos dois, mas estou na mesma faixa etária e por isso me chamou a atenção. Me chama a atenção que a morte não tenha parãmetros para escolher quem assusta ou quem leva..."Pra morrer, basta estar vivo!" - essa é a mais pura verdade.

Alguém já disse que não podemos escolher como vamos morrer (em regra), mas podemos escolher a vida que teremos. Eu não diria que isso é totalmente certo, pois sempre há desejos, escolhas e caminhos que não dependem exclusivamente de nós, mas sei que todos os dias ao acordar podemos optar entre viver e simplesmente existir.

Uma coisa é estar nessa vida apenas para " cumprir tabela", a outra é estar aqui para fazer diferença, para mudar as coisas ou simplesmente para celebrar ao máximo a existência, vivendo.

Houve um tempo, em que eu fantasiava sobre a vida, mas não conseguia fazer nada além de sobreviver aos solavancos que tomei. Hoje amadurecida pelos tropeços, enganos e decepções e fortalecida pelo amizade, pela família e pelas lembranças , posso não viver em eterna festa, mas procuro isso. Procuro razões para encarar a vida como uma viagem interessante. Tem dias que não encontro, mas no dia seguinte volto a pesquisar o mundo em busca de razões, motivos e pessoas que tornem a vida mais colorida, mais vibrante, mais dinãmica, mais fluída... porque simplesmente existir não vale !!

Às vezes, para viver de maneira interessante, é preciso mudar ou quebrar regras, reescrever nossas história, admitir mudar de opinião, arriscar num sonho, jogar pro alto a dieta, insistir num amor ou perdoar um amigo. Às vezes é preciso fazer o que menos se gosta pra descobrir um novo gosto, é rpeciso movimentar as próprias crenças embusca de novas, que nos aproxime da felicidade.

Pra viver, é preciso mais coragem e disposição do que tempo. Há pessoas que existem por muitos anos e não viveram quase nada.

Já disse o Rei: "se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi."

O pior que pode me acontecer é o nada, Essa frase não é minha, mas acredito que essa idéia faz parte de mim e muitas vezes me inquieta, aflige...faz tudo parecer urgente.

Ainda não vivi uma gestação, ainda tenho muito amor pra compartilhar, muitos beijos pra trocar, muito prazer pra sentir e muitos amigos a a abraçar; ainda não plantei uma árvore, não dancei na chuva, nem fui a Paris; ainda não dei uma festa de aniversário adulta, não moro sozinha, nem dei uma viagem de presente a meus pais; ainda não saltei de asa-delta, nem consegui correr uma maratona, nem vi Julia fazer 15 anos; ainda não morei com um amor, não comprei uma câmera profissional, nem conheci Fernando de Noronha... tem um monte de coisas que ainda não fiz e esse é uma razão para estar aqui. Ainda há tempo pra fazer tudo isso.

Não podemos adiar a vida que reside dentro de nós porque a vida não é pra ser guardada ou economizada, ela se multiplica quando acontece.

Eu lamento a perda desta família e espero que nos 30 anos daquele que faleceu tenha existido muito mais vida do que esses dois números podem representar.


3 de maio de 2010

Faz um tempo, li isso em algum lugar...

"... fique claramente consciente da diferença entre 'consequência' e 'resultado'. Um resultado é conscientemente desejado; uma consequência é um subproduto. Por exemplo: se eu digo a você que se você brincar a felicidade será a conseqüência, você vai tentar por um resultado. Você vai e brinca e você fica esperando pelo resultado da felicidade. Mas eu lhe disse que ela será a conseqüência, não o resultado."

Fica a dica.

27 de abril de 2010

Lembrete

Lembrar que pessoas de coração partido são sempre dignas de cuidado !!
Com elas e com quem se aproximar delas...

A sedução sem intenção: implacável !

Já pararam pra pensar que quem seduz sem intenção seduz de uma forma implacável ??

Falo das pessoas que são naturalmente sedutoras, que seduzem porque encantam sem esforço, é inato. Toda habilidade natural ou que parece natural me parece mais poderosa.

Claro que isso pode ser uma simples opinião pessoal (como todo esse blog, provavelmente)...

Existem pessoas que são chamosas, encantadoras e capturam olhares e interesse sendo simplesmente como são e existem outras que chegam ao mesmo objetivo, mas parecem o tempo todo estarem vestidas num personagem, esforçam-se para seduzir e algumas ficam experts nisso, mas nunca parecem autênticas ou completamente á vontade no papel que escolheram. E, por óbvio, existem as pessoas mais desastradas, que se esforçam e não seduzem, assim como aquelas que não estão preocupadas em seduzir e não têm o dom, mas circunstancialmente alguém é seduzido por essas pessoas.

Essa impressão sobre algo soar natural ou forçado, também é muito pessoal. O que eu acho completamente sedutor e natural, uma outra mulher pode achar insosso e uma terceira achar sedutor, mas piegas.

Conheci homens, amigos ou nem tão amigos assim, que seguiam quase um padrão para seduzirem; era como se tivessem um script. Alguns até com atuações bem honrosas, outros com direito a efeitos especiais, outros menos confortáveis no papel.

Sempre acabo por me surpreeender mais quando me deparo com um que discursa como quem não tem nenhuma intenção em seduzir, mas mesmo assim me faz sentir absolutamente seduzida. Muitas vezes são tímidos, podem ter a autoestima alicerçada pela inteligência e não pelo chamre ou beleza, alguns são lindos de doer, mas parecem realmente que nunca notaram, outros sabem-se lindos, mas não usam isso. Comumente eu encontro esse tipo de sedução por trás de um olhar perdido, do tipo que parece divagar num sonho ou pensamento que o perturba, de um coração partido, que torna os homens desafiadoramente avessos aos sentimentos mais intensos, ou de uma voz séria entrecortada por um sorriso tímido. Se algum elemento desse me seduz, tendo a achar que estou diante de um homem Bom, o que nem sempre é verdade.

Uma vez, alguém que eu já havia visto muitas vezes, mas a quem nunca tinha sido apresentada, me pareceu ser assim desde o primeiro sorriso e desde então fui seduzida por aquela voz

A sedução natural ou sem clichê não vem necessariamente acompanhada de um bom caráter ou de generosidade. Uma coisa nada tem a ver com a outra. Da mesma forma, alguém naturalmente sedutor pode saber perfeitamente como usar essa habilidade para obter o que quer (inteligência emcoional ?) e o Querer nem semrpe é generoso, pacífico ou bom para todos os envolvidos.

Esse não é um post conclusivo; é apenas uma divagação inquietante...rs


"O que é bom é subitamente belo."


24 de abril de 2010

O cachorro da minha vida


Eu fui uma criança avessa a animais que não coubessem nas minhas mãos e que tivessem dentes capazes de me morder. Por isso, gostava dos filhotes (enquanto eram filhotes) , peixes e pássaros.

Por ironia, na minha infãncia, os únicos animais a que tive algum apego morreram logo; um passáro, uma preá e um filhote de gata vira-latas. Nem cheguei a dar nomes a eles e apesar de certa tristeza quando morreram, não sofri. Em relação a todos havia algum nojo ou agonia. Não sei bem explicar.

Meu irmão adorava todos os animais; cachorros então...

Um dia, meu pai deu a ele uma cocker preta. Na esperança de que eu criasse alguma afeição à bichinha, me deixaram até escolher o nome: Laika. Não adiantou. Eu tinha nervoso, aflição e nojo da convivência com ela, que parecia saber e aprotava várias comigo. Chegou a fazer coco na minha cama. Era uma cadela travessa, grande para o tamanho do apartamento, soltava horrores de pêlos e fedia (sim os cocker´s fedem). No auge do meu desespero, pedi a minha mãe que vendesse ou me deixasse ir morar com meus avós. Hoje vejo que foi um golpe baixo contra meu irmão, mas na época, por mais que me sentisse culpada ao vê-lo sofrer não conseguia suportar a agonia que representava tê-la por perto, até porque ele não tinha maturidade e responsabilidade para lidar com os danos que ela causava.

Foi triste vê-lo perder Laika (ela quase foi devolvida pq era intolerável...). Hoje vejo que isso tirou dele um pouco do amor ou da afeição espontânea por cães ou a vontade de ter um cão. de qyalquer forma, ainda vejo que naquele momento da snossas vidas, Laika foi um presente de grego dado a uma criança que muito a desejava, mas sem idade suficiente para lidar com um animal de estimação e sem consulta prévia a outras pessoas envolvidas na convivência com a cadela.

Eu continuei com muito medo e restrição a cachorros. Eu não comia quase nada em casa onde existisse cachorro; se passava por um tinha medo de ser mordida e não via nenhuma vantagem em ter um.

Até que ZULU chegou a nossa casa e mudou tudo isso. Zulu é o mais lindo poodle toy que eu já vi. Champagne, quase branco, fofo, debgoso desde sempre. Veio a nossa casa como o cachorro de uma ex-cunhada e depois de um mês por lá ninguém, nem mesmo eu, quis que ele fosse embora.

Eu tive várias chances de saber já naquele primeiro mês que ele havia mudado algo em mim: ele vomitou no meu pé e eu limpei sem nojo, além de ficar preocupada com ele; ele comeu uma sandália q eu adorava e eu não achei o fim do mundo. Uma das lembranças daquele fev/2001 foi ele correndo atrás da minha saia quando cheguei da minha festa de formatura (risos).

Uma vez ele bateu na minha perna enquanto a gente corria pela casa e chorou...meu Deus, que desespero!!

Minha mãe se tornou a príncipal responsável por ele e eu a secundária. Quem diria...

Talvez o fato de ele ser toy o torne um eterno filhote, mas o fato é que ele é muito cativante !!

Eu ensinei ele a ver a rua pela janela, se apoiando num cesto, até que um dia ele deixou de precisar do cesto. Até o ano passado, passamos muitas noite dormindo juntos na minha cama. E nos momentos de muita tristeza ele já me acalentou muito, muito mais que os humanos.

Esse ano ele completa 10 anos e agora começaram alguns problemas de saúde que deixam a mim e a minha mãe com muito medo de perdê-lo. Não condigo imaginar a vida sem ele e não suporto vê-lo sofrer.

Ele está sob acompanhamento com um excelente veterinário, com várias recomendações. Depois de mais de 15 dias sem melhora, ele começou a melhorar...é um alívio e um alento. A preocupação continua e o amor e atenção também.

Zulu, sem dúvida alguma, é o cachorro da minha vida !!!

16 de abril de 2010

A carioca de 8 anos no drama da chuva

Não sei os outros, mas eu me comovi com os depoimentos da menininha de 8 anos que chegou a ficar presa nos desabamentos do Rio, durante as chuvas.
O olhar perdido, a voz infantil e as palavras duras de conteúdo muito mais complexos que seus oito anos, mostraram o quão triste foi a tragédia...aliás, tragédia que se repete todos os anos, em algum ou alguns estados, inclusive a Bahia.

15 de abril de 2010

DINDA de novo - uma notícia que trouxe renovação


É responsabilidade e honra e desde que recebi a notícia, emocionada, algo mudou dentro de mim ... foi aí que comecei mudanças, novas posturas e esperanças.

Já me sinto parte dessa família, porque sou madrinha de casamento e tia de coração inteiro, mas ser DINDA do novo bebê vai ser muito especial.

Já amo muito esse serzinho que está a caminho.
Me sinto mais especial desde então...e cheia de ansiedade pelos preparativos e pela chegada!!

Acompanhando uma princesa

Quando eu era criança, não gostei de perder os dentes...até gostava quando , depois de mole, o dente caia, mas odiava o sorriso baguela !!
A maioria dos meus dentes quem ajudou a arrancar foi meu avô, mas não lembro de nenhum ter doído muito.

Hoje, minha princesa (minha sobrinha de coração) perdeu o primeiro dentinho e estava exultante de tanta felicidade  - risos.
Muito fofa me ligou e contou a notícia. Logo depois, a mãe dela (minha amiga-irmã) me mandou a foto - claro que eu acho ela a banguelinha mais tchutchuca do mundo !!!

Adoro acompanhar o crescimento dela. Aliás, é uma das minhas maiores alegrias !!

Há alguns dias, fomos ao shopping - ela me convidou (rs). Brincamos , rimos, tiramos fotos fazendo caretas, tomamos capuccino (sim, ela me acomoanha no café) e por fim compramos esmaltes !! Em uma tarde, rejuvenesci uns 7 anos e ri mais do que em semanas... e fiquei toda orgulhosa da nossa intimidade e cumplicidade. Eu sonhei com isso desde que ela nasceu e aconteceu!! O que temos realzia uma parte de mim, me enche de esperança e d eluz. Ela é meu anjo.

Respeito todas as regras dos pais (que amo muito também) e agradeço muito por eles me permitirem ser tia, mesmo sem ser exatamente irmã deles, mas por uma escolha do meu coração que teve eco no coraçãozinho dela até aqui e espero que seja asism sempre.

É uma benção amar uma criança e ser alvo de qualquer interesse positivo e afetuoso dela. Acho tão lindo quando ela confia ir comigo pra qualquer lugar, quando me convida pra sair, quando me pede alguma coisa (principlamente o q alguém já negou - rs).

Na nossa saída, precisei dizer não a ela e foi um não doído, como imagino q seja dizer não aos filhos, mas deu tudo certo...ela fez bico, mas não chorou, conversamos e ficou tudo bem.

Minha bonequinha me mostra sempre um raio de luz na vida e hoje a vozinha dela, toda feliz me contando a maior novidade do seu dia foi uma benção.
Ela é o milagre dos pais, mas a luz chega até mim.


14 de abril de 2010

O importante é seguir

Há momentos em que não se pode mais esperar e a mudança é o único caminho a seguir. Então, paramos de simplesmente planejar, numa hesitação tipicamente racional, mas estática, e passamos a agir, mesmo sem certeza de que estamos no caminho certo.

Há momentos em que o importante é levantar e seguir algum caminho, em lugar de ficar sentada na estrada pensando como poderia ser ou como seria.

Não sou exatamente feita para esses momentos, gosto de surpresas, mas não gosto de investir em incerteza. Ocorre que ao longo do tempo percebi que investir em incerteza é inevitável na vida. Depois, demorei a aceitar isso (rs)... mas a vitória neste momento é ter conseguido agir.

De nada adiantam planos perfeitos, milimetricamente calculados, mas que nunca saíram do imaginário, do mundo inútil das simples suposições. Demorei, mas aprendi e agora segui.

É BOM SENTIR A VIDA CAMINHANDO ATRAVÉS DOS NOSSOS PASSOS. Não posso determinar o ritmo dos resultados, mas posso continuar andando e isso, por hora, é o esforço em que me concentro e está me fazendo bem. A cada manhã escolho não esmorecer, não desistir dos meus objetivos, não me perder de mim.

Para uns isso é banal, inato; para outros é resultado de esforço, de perseverança.

Quando alguém dá um passo, para quem vê é apenas um passo - nada de especial - mas por trás de um simples passo pode haver uma multidão de sentimentos e desafios superados...por isso não se deve menosprezar o caminhar de ninguém, sobretudo das crianças.

Lembranças inspiram...

Um dia, quando eu achava que tudo estava "perdido", quando eu nem sabia mais o que poderia querer porque não havia sinais de que pudesse alcançar,  mas também nem por isso eu conseguia me conformar e aceitar menos do que desejava, vc chegou e me provou q eu n desejava nada impossível.


"Meu coração não se cansa de ter esperança de um dia ser tudo o que quer."

12 de abril de 2010

Triste fim do que não foi

Por quantas vezes o coração ainda vai se angustiar por ficarem distantes ?
Por quantas vezes ela precisará se convencer de que isso é o melhor ?
Por quantas vezes precisará ser dura e cruel consigo para admitir que ele só lhe trazia mais solidão ?
Por quantas vezes ela ainda sentirá o gosto amargo que  vem à boca quando imagina a saudade q haverá na ausência dele ?

Tantas vezes já foram e agora mais uma.

Nunca foi para serem, mas depois acabou sendo mais do que seria e chegaram até ali.

Ela espera que esta seja a última das vezes em que se conforma em não ser, não ter, não poder,  afinal ela é apenas uma e não é forte como ambos gostariam. Se fez de forte muitas vezes para mantê-lo por perto.

Ela sempre soube que jamais o teria, jamais viveria com ele o sentimento de ter um homem, de ser parte da vida dele, Mas não sabia como seria não viver mais os momentos em que se sentia apenas dele.

O que tiveram foi a história mais abnegada e generosa que ela viveu.
Provavelmente ele nem viveu essa história com ela...

7 de abril de 2010

QUANDO - relativização de efeito prático.

Quando é a hora para se desistir de casar e ter uma família ?
Não que isso seja uma decisão simples ou necessariamente definitiva, mas em algum momento da vida pode se fazer necessário abandonar esta idéia em nome de decisões incompatíveis. Por exemplo: comprar um apartamento ou se inscrever como voluntária da Cruz Vermelha.
Quando, nos dias de hoje, alguém é considerada aquela que "ficou pra titia" ??

Se isso me assombra ? Claro que sim. Tenho um pouco mais de 30 estou solteira e sem perspectiva imediata de relacionamento sério. Então, sim, isso me ocupa. Acho que ainda há tempo desse quadro mudar, mas não sei até quando devo nutrir esperanças dentro de mim e viver conforme esse sentimento, esse desejo. E ainda tem o fator biológico (Odeio o fato de que meus óvulos envelhecem, enquanto os homens produzem espermatozóides novinhos a qualquer momento !!).

Li na Marie Claire a história de uma mulher que casou duas vezes, sempre quis ser mãe, mas seus maridos não queriam filhos, então por volta dos cinquenta ela desistiu de ter as duas coisas e partiu pra fertilização in vitro com sêmen de um desconhecido. Será que ela deveria ter esperado rpa ser quase uma mãe-avó para tomar essa decisão ?

Tudo bem, cada um tem seu tempo, cada um tem seus processos internos...eu mesma acho que deixei de ser adolescente mais tarde que muitos conhecidos meus, mas quando é hora para mudar de planos, de encarar que não depoende só de uma pessoa criar uma família e que não se poderá tê-la ?

Quando chega a hora de desistir de um sonho ?




Dica "Mulherzinha"

Adorei o blog strawberry and peach. É de uma dermatologista e fala sobre várias novidades da área de cosméticos,  dermocosméticos e afins.

24 de março de 2010

O poder inusitado da simplicidade

Era um sábado chuvoso. Chuva constante e dia cinza, sem baixas temperaturas, mas, ainda assim, convidativo ao chamego, ao "ficar junto de alguém".

Há muito eles tentavam se encontrar. Já haviam marcado e desmarcado várias vezes, fosse por hesitação, dúvida ou imprevisto. É assim mesmo: alguns encontros são simplesmente retardados por algo inexplicável.

Naquele sábado chuvoso, quando ela já não tinha esperanças de encontrá-lo, ele fez o convite da forma mais casual possível.
- O que você vai fazer hoje ? - disse ela.
- Depende de você. - respondeu ele, como se fosse a coisa mais natural a dizer.

Toda mulher gosta desse tipo de homem galante, mas blasé. Neste caso, ela nem tinha muita certeza de que seria um encontro ou um mero bate-papo entre quase-amigos.

Pois bem. Ela, como uma mulher solteira que já escolhe tudo na vida, deixou a critério dele o destino da noite. Ele escolheu o cinema, em sessão a ser escolhida quando chegassem lá.

Na hora de se aprontar: dúvidas.

Ele não sabia o que vestir, se fazia ou não a barba; que camisa disfarçaria melhor o corpo de um quase-geek e que cor tornaria interessante sua pele pálida. Optou por algo bem casual, que o deixou com um ar sexy-nerd-indiferente.

Ela não sabia se usava algo casual, como quem não se importa porque nãoe stá num encontro, ou algo que a tornasse mais atraente; maquiagem elaborada ou algo quase imeprceptível ? Perfume doce ou suave ? Optou por algo casual, mas feminino; vestidos sempre vencem uma dúvida.

Ele foi buscá-la em casa e ela adorou isso. Num tempo em que epquenas gentilezas são dispensadas ou ignoradas, ela adorou.

Quando se encontraram parecia que já haviam feito aquilo muitas vezes; estranhos familiarizados.

Sessão mais tarde e o consequente tempo vago resultaram em alguns chopps e muito papo.

Quando o filme começou, noe sucro da sala, as mãos se encontraram ao acaso e então não se largaram mais. Nem se largaram, nem ficaram quietas. Naquele silêncio e, ainda que concentrados no filme, a mão dele e dela se acariciavam o tempo todo. A cada leve e doce toque, um arrepio leve percorria o corpo, numa lembrança doce e num pressentimento bom.

Incrível como um toque leve, sutil e carinhoso pode provocar a libido de uma mulher...muitas vezes d eforma mais intensa que qualquer "pegada". Ela queria ficar ali por mais umas 2 sessões, pelo menos.

O toque leve e gentil, sem abuso ou atrevimento, pode provocar muito mais sensações do que uma ousadia desenfreada. Mãos que se tocam são como uma dança.

O filme "Don Juan" (com Jonhy Deep)  fala do poder que detém o homem que sabe tocar as mãos de uma mulher e chega a mencionar que percorrendo as mãos, percorre-se o corpo todo. A cena é emblemática e sexy.

Do cinema eles foram pra casa e embora o beijo tenha sido esperado e tenha sido muito bom...daqueles beijos longos e gostosos como beijos de estréia, o ponto alto da noite foi o carinho das mãos. Algumas cosias muito simples guardam surpresas maravilhosas. Eles poderiam não ter mais nenhum encontro e ficarem apenas com a lembrança desse momento, mas a reação adversa desse instante foi um alento para a alma.






23 de março de 2010

Seleções musicais.

Nada como uma boa sequência de músicas - set list.
Recomendo as sequências do DJ Surfista no http://www.djsurfista.blogspot.com/ .

Por hora , é só.

17 de março de 2010

"PARA QUEM GOZA, NENHUMA EXPLICAÇÃO É NECESSÁRIA."
Millôr Fernandes.

Um elo perdido ou uma ameaça inofensiva ?

Depois de um tempo sem aparecer nesse espaço, volto para falar sobre algo delicado: uma solteira em meio a casais.
Não é fácil ser solteira quando seus amigos e amigas formaram pares, mas a coisa fica um pouco pior depois que eles têm filhos, pois surgem os compromissos familiares sem censura e com isso ser uma solteira pode ser motivo de se sentir deslocada ou constrangida. Algumas se sentem excluídas.
O pior mesmo é notar o olhar de algumas casadas... numa festinha de criança, ambiente totalment einofensivo, é possível reparar em olhares desconfiados que nos observam à espreita, comos e fôssemos devoradoras de maridos..kkkkkkk. Há esposas bem inseguras e outras bem mal casadas por aí...não as julgo: talvez um dia esse olhar seja meu. Por enquanto, tento mostrar que sou inofensiva para elas.
É estranho sentir-se avulsa nesses ambientes, em especial quando isso é uma contingência da vida e não uma escolha premeditada.
Estamos em 2010 e as coisas ainda são assim. Ninguém olha "estranho" para um homem solteiro numa festinha de criança ou num jantar onde predomine os casais. Um marido não chama o dono da festa pra dizer que o cara está despertando interesse na esposa dele ou coisa parecida. Por 02 razões: homens não pensam assim e quando pensam não resolvem assim.
Um homem solteiro não costuma ser uma ameaça simplesment epor estar ali.
Uma mulher solteira, a não ser que seja notoriamente desinteressante (...), é olhada como ameaça.
No entanto, pode ser que essa mulher solteira, independente e suficiente bonita para despertar a insegurança de algumas esposas seja a mais inofensiva de todas as ameaças...afinal, ela não quer o homem de ninguém, ela quer o seu e ele não está entre os casados !!

11 de março de 2010

Em terra de espertos, quem se finge de boba é rainha ??

TODO HOMEM GOSTA DE SE SENTIR ESPERTO; DE SE ACHAR ESPERTO E, SE POSSÍVEL, DE SER RECONHECIDO COMO TAL. (aliás, a maioria das pessoas em geral gosta dessa sensação, mas a maior parte dos homens heterossexuais gosta mais que a média !).

Em alguns momentos, não é bom negócio para uma mulher se mostrar esperta ou ceclarar-se esperta. Em alguns momentos, a mulher até se recrimina se for mais esperta que o cara!! Eh, já não são muitas assim, nem são tantos os caras que valem essa culpa machista, mas ainda se presencia o fato.

O problema é : ser esperta é fechar os olhos ao que se vê, sabe ou percebe, em nome de algum objetivo em relação a um homem ou seria mostrar a ele que ele não é tãoe sperto assim ?

Por exemplo: a mulher que está saindo com um cara e pretende ter algo mais sério com ele, mas descobre ou percebe que não é a úncia a sair com ele, deve fingir que não sabe ou colocar as cartas na mesa e mostrar que não é "vítima" da esperteza do conquistador ? vale a pena tapar o sol com a peneira ?

Sempre que eu ou uma amiga caia ou cai numa cilada dessa eu me questiono se vale a pena ser esperta, ter tido tantos amigos homens oue star semrpe preparada para o pior lado dos homens. Não sou o tipo que ignora o que sabe ou convive com meias-verdades numa boa... eu brocho. Seja emocionalmente ou sexualmente, eu brocho se for passada pra trás.

Tenho amigas que ignoram, bem blasé, com uma "poker face" algo desse tipo. E mais tarde, algumas delas ainda dão nova chance ao moço espertinho.

Quem está seguindo o melhor caminho ? Quem vai chegar onde quer ? O que se pode querer numa situação assim?

Tudo bem não existe melhor caminho, mas confesso que em alguns aspectos e em algumas circusntâncias "a ignorância é uma benção" (como já disseram num diálogo em Matrix 1). Talvez, no mundo das mulheres, as espertas sofram mais...

Indicação de textos em blogs

Hoje estou menos inspirada do que em outros dias, talvez por isso tenha navegado pela web lendo algumas reflexões e ensaios interessantes.

Gosto muito dos contos e crônicas de Pedro Neschling em seu blog. a indicação de hoje fica para um texto sobre o efeito do tempo e das experiências sobre a crença no "final feliz" - Série musicando 7: Happy Ending - por Pedro Neschling.

Uma coluna muito interessante , que mistura um tom sádico com esclarecimentos realistas sobre o pensamento e comportamento dos homens (genericamente falando) é a seção Fale com ele - Marie Claire. O escritor se revela o tipo de homem sádico, sarcástico e relaista com quem eu gostaria de tomar um chopp...rs.

Por enquanto é só... have fun !!

18 de fevereiro de 2010

Carnaval: o fenômeno da pausa.

No Carnaval de Salvador, a tristeza se recolhe...
É tanta gente esfuziante, alegre, com um sorriso estampado no rosto e pulando livre, leve e solta, que de abadá ou na pipoca qualquer tristeza se constrange.
Quem está na rua tem que ter vocação e disposição para uma alegria instantânea, do contrário de nada adianta o abadá, o cantor ou o trio.
De repente, a desigualdade social é notória, as preocupações não tiraram férias, a falta de grana fica ainda mais óbvia, mas a tristeza não chega perto de quem está ao som do trio.
O trio entorpece mais que a cerveja e por 06 dias tudo mais fica mais simples e a vida simplesmente ganha uma pausa.

O Carnaval estava no meio do caminho

Entre tantas épocas do ano para se encontrarem, se conhecerem, se beijarem e começarem o que poderia vir a ser um namoro, um romance ou coisa parecida, eles se conheceram no verão.
Isso poderia ser só um detalhe irrelevante, se eles não morassem em Salvador (em alguns outros lugares o verão é igualmente tentador).
E não bastasse isso, eles ficaram tão próximos e atraídos um pelo outro justamente na época que antecede o carnaval, o que significava uma perigosa equação com pouca perspectiva de dar em resultado positivo/definitivo a curto prazo, pelo menos.

Não era lei de Murphy !! No verão as pessoas ficam mais propensas a saírem de casa, ficam mais bonitas depois de alguma shoras de sol e ficam mais predispostas a extravasar desejos graças a qualquer coisa que ainda não consegui correlacionar com a estação.
Em Salvador, o verão, onde as festas abarrotam a agenda sóciocultural da cidade, torna difícil para muitos assumir uma relação mais séria. É como se a estação do ano interferisse efetivamente no estado civil das pessoas ou na mudança de estado civil. É difícil começar um namoro no verão soteropolitano !!
Além a dificuldade de deixar de sr solteiro no verão, quando alguém fica solteiro por aqui, parece necessitar de um verão inteiro, para si e seus desejos mais superficiais, carnais e banais... uma espécie de período sabático emocional !!
O verão é a estação dos solteiros !! O resto do ano você pode querer (e muitas vzs quer mesmo) estar agarrado tomando um vinho, dançando forró ou indo ao cinema... mas no verão você quer a solidão compartilhada com a multidão de sozinhos felizes (ou aparentemente felizes)!!

Logicamente, isso comporta exceções, caso contrário não teríamos uma regra geral.

Pois bem, o casal da história já havia se visto algumas vezes, quando um deles ainda estava na fase do vinho-cinema-jantar com um outro alguém, e nunca tinham trocado mais de 3 palavras, contando com o "oi" e o "obrigada".

Foi nesse verão, todavia, depois de umas cervejas a mais e de saber da disponibilidade mútua, que ela o convidou pra sair e ele, mesmo sem saber que aquela era a primeira vez que ela tomava a inicativa, foi um gentleman e aceitou de uma forma que até pareceu que o convite havia surgido dele.

O primeiro encontro foi incrível: muitas afinidades, perspectivas de vida semelhantes, elogios, charme e química no beijo, seguidos de um telefonema de boa noite e muito tesão desde a despedida.

Ao primeiro seguiram-se outros encontros igualmente arrebatadores; românticos sem serem melados, quentes sem serem íntimso demais e telefonemas cada vez mais atenciosos e frequentes.

No meio-tempo entre os contatos, direito a frio na barriga, idealizações, fantasias perturbadoras, expectativas, enfim tudo que torna um alguém interessante na multidão...

Acontece que já passava da segunda quinzena de janeiro, já estavam no quinto encotnro e como dois adultos haviam expectativas imediatas de ambas as partes; ele queria sexo, ela queria namoro. As cartas foram postas na mesa na semana que antecedia o carnaval e cada um defendeu o que queria. Ela optou por evitar mágoas mais graves e apesar de encontrá-lo e sentir o memso frio na barriga, evitou o sexo... ele pareceu compreender e continuou a ligar pra ela, mas não se viram mais até o carnaval.

No carnaval, se falaram ao telefone, mas também não se viram. Cada um curtiu a festa como quis.

Na quarta-feira de cinzas, que considero um feriado extremamente melancólico, onde um certo "banzo" acomete as pessoas na proporção direta do prazer que tiveram durante a folia momesca, não aconteceu um encontro sugerido nos telefonemas.

A coisa esfriou, enfim. Havia o Carnaval no meio da história desse encontro...e quando o trio passa, pouca coisa segura um soteropolitano(a) longe dele. Como cantou Caetano:  "atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu." Talvez o banzo da quarta-feira de Cinzas seja também pelo que o trio, sem saber, atropelou ao passar.

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ps.: Não desanimem. Nem todo encontro pré-carnaval acaba assim:

Tem o casal que curte separado e se encontra na quinta-feira, como se retomasse o último capítulo de uma novela, como quem volta de umas férias com saudade do que ficou no ar...

Tem o casal que ao se separarem para curtir sentem tanta saudade que decidem ficar mais juntos do que nunca durante o carnaval e nisso surge um namoro...

Tem o casal que ao ver tanto beijo na boca, depois de tomar umas cervejas, reata durante o carnaval, depois de voltar pra casa e perceber o vazio e a solidão que surgem depois de tirar o abadá...

Tem o casal que nunca se viu e se forma durante a folia, depois que um beijo cala o som do trio, tendo por testemunha uma multidão de desencontros...

Histórias de paixão, romance, aventuras, encontros e desencontros de carnaval não têm fim e são únicas; em geral, elas têm em comum o Carnaval,  como aliado ou como mal.

9 de fevereiro de 2010

Uma menina baiana no carnaval.

Para quem nasce e é criado na Bahia, especialmente em Salvador, é quase impossível manter-se imune aos efeitos do Carnaval. Querendo ou não, o baiano acaba formando uma opinião sobre o carnaval. Tem os que amam e os que odeiam o fervor da cidade nesta época. Aqui não dá para não notar que é carnaval !!!

 
Em Salvador, provavelmente mais do que outros lugares, o ano começa mesmo depois da quarta-feira de cinzas. Nos dias de carnaval, é aqui que acontece a maior festa popular do planeta (de acordo com o Guiness) e foi aqui que surgiu o trio elétrico, os novos baianos, a guitarra baiana e a axé music (entre outras variações sobre o tema "música de carnaval baiano").

Eu nasci numa família que tinha um bloco de carnaval !! Pois é, não bastasse ter nascido "menina baiana", meus tios tinham um bloco e (acreditem!) ainda bem pequena lembro de ter ido parar em cima do trio a contragosto do meu pai mineiro. Eu lembro mesmo...do som do "varre, varre vassourinha", das sombrinhas , mamãe-sacode e do verde/branco da fantasia feita com o tecido da mortalha. Depois dessa experiência tão rica e precoce, passei alguns anos vendo o carnaval pela televisão, a contragosto, mas muito atenta.

Poucos carnavais depois de eu ter nascido o bloco dos meus tios acabou e eles passaram a sair nos Internacionais, num tempo em que lá só saíam homens e a fantasia. Lembro de como eu os achava lindos naquelas fantasias que os homens de hoje não ostentariam com tanto orgulho  e me contentava em ir com minha mãe e minha tia acompanha-los até a concentração do bloco.

Naqueles tempos, carnaval pra mim era apenas uma festa colorida e divertida que passava pela televisão e da qual eu queria muito participar, mesmo sem saber porque ela acontecia.
Muito antes de vestir um abadá, fui baiana, bailarina, odalisca e outras tantas fantasias acompanhadas de confete e serpentina...foi de Odalisca que ouvi Netinho cantar a história da Uva no céu da sua boca...rs

Apesar de vir de uma família de chicleteiros e de ter vestido o abadá pela 1ª vez para curtir o Chiclete com minha mãe (depois de uma insistência dramática), eu debandei e me tornei fã do Asa. Meu primeiro carnaval com Durval foi o meu 2º de bloco e foi o máximo !! Adoro a Timbalada, mas não pra pular o carnaval no chão.Depois, veio o Jammil e acabei me tornando "Iveteira" com vários carnavais no Cerveja e Cia e Corujas.
Minhas melhores lembranças de carnaval são as minhas amigas; sempre pensei no carnaval como um momento da amizade, brincadeira, gargalhadas e curtição. Nos meus carnavais não havia espaço pra nada muito sério, grave, urgente ou pesado, mas já sofri de mal de amor no carnaval, já chorei no relógio de S. Pedro e já vivi momentos de muito amor nos carnavais em que estava namorando. Aliás, nada como uma chuva de carnaval agarrada no seu amor !!
Nunca vivi o carnaval como se não fosse haver amanhã; não precisa tanto pra ser divertido.
Já ri á toa e tomei muitos banhos nos chuveirões que eram instalados em tempos de água farta !!
Já voltei com o rosto cor-de-rosa depois de seguir os Corujas na avenida.
Já beijei no carnaval como se fosse o último beijo da minha vida !
Sempre procurei estar atenta no carnaval e os anjos que me guardam ficam bem atentos (Graças a Deus !).
Nunca acreditei em grandes amores nascidos no carnaval; nunca procurei, nem encontrei esse tipo de surpresa, embora saiba que existe !! Mesmo assim, já vivi romances que só duraram um dia de carnaval e fiquei bem feliz !
Sempre pulei o carnaval pensando numa oportunidade para ser alegre com pessoas queridas sem pensar em trabalho, sonhos, metas e afins... um portal para fora do cotidiano, um período quase sabático !! Afinal, se precisasse de um motivo ou objetivo, o carnaval não seria tão divertido.
E é assim que continuo encarando o carnaval...uma chance pra rir à toa sem ter que haver um porquê !!

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E PRA VOCÊ:? O QUE É O CARNAVAL ? QUAL A SUA MELHOR LEMBRANÇA ?

29 de janeiro de 2010

A Bahia na lista do New York Times !!

O NY TImes publicou uma lista de 31 lugares a visitar em 2010 e advinhem ? A Bahia é o único estado brasileiro incluído na lista !!! (veja a lista do NYTimes).

Coisa boa é se orgulhar da terra da gente, apesar de saber que a violência aumentou, que prestação de serviços ao consumidor não é o nosso forte, que a pesquisa do Fantástico apontou Salvador como a capital que mais produz lixo nas ruas e que a época dos turisitas faz os preços aumentarem em tudo !!


Baianos sabem tratar bem o turista e aqui é sim um lugar lindo, colorido, musical e cheio de luz !!

27 de janeiro de 2010

Um dia de modelo para uma mulher comum...

Que me joguem na cara toda a minha vontade de ser profunda e toda a minha subjetividade, mas ser mulherzinha é essencial...risos.
Se nascemos sob a regência do feminino e já que isso nos traz alguns percalços bem complicados. e por vezes imutáveis, é preciso tirar o máximo proveito das vantagens que isso também traz.
Aliás, ser mulher, como tudo na vida, tem suas venturas e desventuras.
Sábado foi o dia de saborear uma das melhores partes: diversão mulherzinha de alto luxo !!!

Quando, aos 16 anos, eu iria imagina que a minha melhor amiga de colégio viria a me fotografar profissionalmente no futuro ? NUNCA!!! A gente nem pensava nisso naquela época... bem verdade que eu já era apaixonada por fotografia e viciada em fotos desde aqueles tempos, assim como ela já era cheia de idéias criativas, mas daí a imaginar o que aconteceu...

Passei dias ansiosa pelo encontro com a lente de Maria Fernanda Schurman (guardem esse nome). Ansiosa a ponto de ter pensado em desistir...Mesmo sabendo que não conseguiria me expor satisfatoriamente para a lente de mais ninguém; mesmo tendo compartilhado com ela muitas alegrias e tristezas dessa vida; mesmo tendo muitas vezes dividido com ela conversas de vigília; mesmo que ela conheça 90% dos meus complexos e saiba muitas das minhas subjetividades, ainda assim essa exposição me deu medo.

Do medo, veio a ansiedade e a parte lúdica de imaginar as cenas, as roupas, sapato etc... Foi tanta imaginação que quando cheguei ao estúdio parecia que tinha ido de mudança...risos.

Durante a sesão, obviamente por não ser modelo e mais obviamente aida por gostar de estar atrás da lente, eu estava meio tensa...mas não é que minha fotógrafa tá danadinha ?? risos. Ela soube explorar minha imaginação, trazer meu lado lúdico e sexy pra fora e, mesmo sem saber como ficaram as imagens, me senti muito bem comigo, me diverti MUITO e achei a experiência de posar pra Nanda muito gratificante e enriquecedora do ponto de vista emocional. Vai muito além de qualquer hipótese de narcisismo ou futilidade: foi terapêutico e enriquecedor. Eu cheguei ao estúdio pensando no que me incomoda no meu corpo e saí d elá curtindo o que me agrada !! Para alguém crítica e perfeccionista como eu isso é um bilhete premiado !!

Sou extremamente grata pela experiência e pelo encorajamento que Nanda me deu a partircipar disso. Eu que já tinha declinado 03 vezes emme submeter a sessões de fotos, mal posso esperar pela próxima e quero que seja com ela, obviamente. E mais : toda amiga que estiver meio pra baixo, se sentindo mal consigo mesma ou encucada com o próprio corpo ou com a imagem ou sexualidade, vai ganhar  de mim não o conselho de ir direto pra uma terapia ou pora academia , mas para o salão e para o estúdio de Nanda. Depois sim, ela pensa em outras opções, se precisar...

O que muitas vezes nós mulheres precisamos apenas nos olhar com gentileza e dar atenção ao que temos de melhor, mas que não foi notado nem por nós, nem por uma outra pessoa, então alguém especial conduz o nosso olhar de forma gentil sobre nós mesmas. Foi isso que Nanda Schurman fez por mim naquele sábado !!

Depois da sessão, ela voltou a ser apenas a minha amiga dos tempos de colégio, eu tirei os cílios postiços, troquei a roupa, calcei a rasteira e fomos brindar à noss amizade quejá nos conduziu pelo mais diversos e inusitados caminhos ao longo nos anos sem que nunca deixássemos de nos gostar.

Aguardem notícias depois de ver as fotos porque eu sinto que a emoção desse dia não parou por aqui.