2 de novembro de 2009

A (frágil) condição humana e paradoxos

Tem dias que tudo que menos se quer é sentir a solidão na carne, à flor da pele e em cada víscera...há dias em que poucas coisas nos tiram dessa imersão na consciência de que somos sós.

Temo mais a solidão que a morte, mas já não tenho mais a mesma facilidade de pedir ajuda. Já não vejo com tranquilidade a circunstância de expor meus sentimentos e minhas fragilidades, menos ainda de mostrar que não dou conta de alguma coisa.

O mundo exige tanto de todos...e eu exijo muito de mim. Me dou com mais facilidade do que reconheço que preciso do outro. Gostaria que o outro fosse opcional e eventual, sem que isso me causasse falta, sem que houvesse momentos de urgência...exercito isso.

Ninguém quer ser só, mas quase ninguém quer a responsabilidade de ser necessário, por isso não precisar é um jeito de manter. O exercício de não precisar muitas vezes nos torna menos tolerantes, menos gregários, menos sociáveis, menos...humanos.

E você ? o que exije de si ? o que quer do outro ?

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