14 de novembro de 2009

Ele e Ela : Parte final - Desencontro

Vinícius definiu com excelência: "a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida."

Depois do melhor dos encontros, o mais vivo, o mais íntimo (emocionalmente) e onde tudo parecia estar começando para Ele e para Ela num Nós, ele enterrou tudo com um: "não estou gostando de você como você de mim; o problema não é você, sou eu - essa foi clássica !- e por fim:~gosto de você, tenho tesão, mas sinto que não vou conseguir te amar."

Amor é predisposição, investimento e fé. paixão é que cai do céu...mas em ambos os casos, não há espaço para convencimento. Ela não queria convencer alguém a amá-la.

Ele tinha sido muito contraditório desde o início - o que msotrava seu conflito interior - um dia pré-agendava uma viagem a dois, no outro não conseguia amá-la, COMO ASSIM ?! Com quantos homens elas estava lidando ?

Num dia, conversas de namorados, mãos dadas e muitos beijos; no outro, não dá.

Ela queria ter dito que ele não passava de um pretensioso, mas não conseguiu. Estava mesmo gostando dele e na véspera tinha se sentido uma mulher feliz.

Ela ouviu a sentença de abortamento da possibilidade, a decisão covarde ou pragmática que lhe açoitou o desejo e os sentidos...chorou...choro seco, sufocante, de quem expurga algo, mas também lamenta muito. Choro sentido. lamentava por si, que há tempos não se permitia tanto. lamentava por ele, pois sabia que poderia fazê-lo amado e feliz. Chorou de raiva, por ter percebido antes e ter fugido das complicações em lugar de dar tempo e fazer concessões.

Não era perfeito, não tinha espaço para todos os seus sonhos, não saciava seus desejos e ela queria mesmo assim... Teimosia nas coisas do amor, é burrice e perda de tempo !!

Depois de muito chorar e até perder a razão, depois de maldizer sua capacidade de acreditar numa possibilidade amorosa, enxugou as lághrimas e cumpriu sua promessa: lembrou de todas as coisas ruins que seu coração superou e de como havia chegado até ali. Lembrou que a recusa era dele e realmente poderia não dizer respeito a ela. lembrou que se dizia respeito a algo nela, é porque não era ele o homem com quem seria feliz.

Tomou passiflora, ouviu um pouco de música alta, fez as unhas e o cabelo e decidiu que não mais pararia a sua vida porque um alguém não enxergou a sua luz... ela valia mais do que migalhas, ela merecia mais do que um pedaço, ela não se saciaria com menos do que tudo.

Se não era pra ser, que não fosse e também não ia fazer disso mais um drama na sua vida. Um dia poderiam até ser amigos...provavelmente seriam; Ele era bom.

"Me venha quente ou frio, mas não me venha morno, que eu te vomito."

The end.


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