29 de abril de 2009

PERNIL INFLAMADO



Eu sabia que mais cedo ou mais tarde isso ia acabar acontecendo. Haveria de chegar o dia em que os porcos iriam cansar de serem sempre a lama, o sujo, o bacon e, na pior das hipóteses, a metáfora para homens de pouco caráter.



Nenhum ser vivo consegue chafurdar em paz por tanto tempo, sendo comparado o tempo todo com pessoas sem higiene, conquistadores cafajestes, e principalmente, congressistas brasileiros. Talvez tenha sido esse o golpe de misericórdia. Afinal, porco nenhum no mundo legisla em causa própria, cria CPIs de faz-de-conta ou leva a sogra pros EUA com o dinheiro dos outros. É lama demais para o caminhãozinho deles.



O resultado está aí. Os porcos resolveram se vingar e como não possuem armas à laser ou advogados, apelaram para a menor e mais letal forma de destruição do planeta: um vírus. E da gripe. Com isso, os suínos criaram um pandemônio, que já, já passa em um cartório qualquer e muda o nome para pandemia.



Agora o homem que se resolva. Que crie anti-corpos, ou anti-porcos, para salvar a sua pele e aprender de uma vez por todas que a porca torce o rabo exatamente para a nossa presença e presunção. Aliás, existe um ditado que toda vovó-porco ensina, com razão, aos seus netos-porquinhos:



Onde os homens se misturam, o farelo some.

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei o ditado da vovó porquinha.

Vc continua em ótima forma literária !!!
Belle