9 de dezembro de 2009

Fotografia - um caso à parte



A imagem acima (tão linda que parece imaginária) ganhou o concurso de fotografia digital promovido pelo site  PhotoRadar -  veja notícia .
Vendo agora há pouco a notícia sobre o resultado do concurso, me dei conta de que nunca falei aqui sobre meu flerte com a fotografia...

Desde criança eu gosto de fotografia. Meu pai tinha uma câmera semi-profissional, linda, meio prata , meio preta, e por várias vezes fotografou a mim e meu irmão com ela. Naquele tempo usava-se filtros coloridos para dar efeito às fotos e era comum tranformar fotos em poster. Ele tinha vários acessórios, inclusive, tripé,
Duas fotos que meu pai tirou de mim ainda bem pequena ele tranformou em poster. Uma delas estragou e era a minha preferida: eu de gorro de lã bege, num close, numa visita do Papa ao Brasil (salvo engano em Salvador, mesmo). Era linda a foto...
A outra, eu sentada numa árvore (nem me perguntem como tiveram coragem de me deixar lá pra tirar a foto - rs); dessa foram feitos 2 poster´s e um deles está hoje no meu quarto. Aquele imagem reteve no tempo um pouco da minha infância, do amor dos meus pais e de um felicidade inocente e sem pretensões de que só crianças são capazes.
Eram momentos muito especiais e eu consigo lembrar deles, mesmo que vagamente, ao ver as fotos. Consigo "ouvir" as risadas minhas e de meu irmão enquanto meu pai observava a gente. Aquelas fotos eram um jeito dele entregar o tempo dele à família e demonstrar amor.
Fotografia pra mim é a mágica de reter uma imagem e suas traduções e efeitos. É também fetiche, uma demonstração de atenção e uma terapia.
Terapêutico porque desliga minha mente do mundo e dos pensamentos, mesmo os mais repetitivos ou tensos. Concentrar-se na imagem e no que se acha belo ou interessante me faz viajar tanto quanto uma leitura.
Fetichista porque algumas imagens levam à criatividade, provocam o imaginário e evocam desejos e sensações.
Sentimental porque uma imagem pode ser interpretada de muitas formas e produzir sensações diferentes, assim como essa interpretação ou sensação pode mudar no decorrer do tempo. O que hoje parece um espelho, no futuro lembrará a juventude; a imagem de hoje será a razão visível da saudade que surgirá no futuro. (Meu álbum "dias felizes" me mostra isso.)
Divertido porque é um hobby e uma paixão que fica mais intensa a cada dia.
E fotografar é também um carinho, quando feita espontaneamente ou por´prazer. Apeende-se uma imagem para mostrar a alguém algo d enovo ou de belo ou para mostrar comos e vê os detalehs desta pessoa. Quando fotografo alguém de quem gosto ou quero apreender aquela imagem e torná-la eterna, emmso que seja apena spra mim, ou quero mostar o quanto sou capaz de observar esse alguém sem nenhuma outra pretensão a não ser a atenção a seus detalhes....pode ser um riso, um olhar, um jeito de pegar os objetos, as mãos, os pés...o fotógrafo, profissional ou não (neste caso até é melhor que nãos eja profissional) faz do fotografado o único ou principal foco da sua atenção, do seu olhar e isso é muito raro nos dias de hoje.
Eu comecei com as descartáveis. Depois, veio a minha primeira cãmera; meus pais me deram quando eu tinha entre 10/12 anos e era uma Yashica azul. depois tive uma Nikon que não rpecisava rebobinar e fazia ajuste de foco automático e com uma lente melhor. 
A primeira digital (que foi a mais querida) foi uma Samsung. Minha frustração foi uma Sony dada com MUITO amor. Depois descobri a praticidade e a multiplicidade de clicks com a câmera cybershot do meu Sony Ericsson, depois do cartão de 1 giga, claro.
Agora meu encontro é com "Valentina", o nome com que batizei minha Nikon P 90, que não é uma profissional e ainda não foi totalmente dominada, mas tem me proporcionado ótimos momentos.

Ainda não sou boa o suficiente pra pensar em fotografia como meio de sobrevivência, mas sempre foi algo de que gostei e hoje é algo que faz a minha vida melhor, me acalma, me esvazia a mente e rende boas conversas e muito interesse.

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