12 de maio de 2010

A vida é curta e urge...

Semana Passada o Fantástico mostrou o caso de um homem de 31 anos que enfartou; sobreviveu.
Acabei de saber da morte de um homem de 30 anos; acidente.

Não conheço nenhum dos dois, mas estou na mesma faixa etária e por isso me chamou a atenção. Me chama a atenção que a morte não tenha parãmetros para escolher quem assusta ou quem leva..."Pra morrer, basta estar vivo!" - essa é a mais pura verdade.

Alguém já disse que não podemos escolher como vamos morrer (em regra), mas podemos escolher a vida que teremos. Eu não diria que isso é totalmente certo, pois sempre há desejos, escolhas e caminhos que não dependem exclusivamente de nós, mas sei que todos os dias ao acordar podemos optar entre viver e simplesmente existir.

Uma coisa é estar nessa vida apenas para " cumprir tabela", a outra é estar aqui para fazer diferença, para mudar as coisas ou simplesmente para celebrar ao máximo a existência, vivendo.

Houve um tempo, em que eu fantasiava sobre a vida, mas não conseguia fazer nada além de sobreviver aos solavancos que tomei. Hoje amadurecida pelos tropeços, enganos e decepções e fortalecida pelo amizade, pela família e pelas lembranças , posso não viver em eterna festa, mas procuro isso. Procuro razões para encarar a vida como uma viagem interessante. Tem dias que não encontro, mas no dia seguinte volto a pesquisar o mundo em busca de razões, motivos e pessoas que tornem a vida mais colorida, mais vibrante, mais dinãmica, mais fluída... porque simplesmente existir não vale !!

Às vezes, para viver de maneira interessante, é preciso mudar ou quebrar regras, reescrever nossas história, admitir mudar de opinião, arriscar num sonho, jogar pro alto a dieta, insistir num amor ou perdoar um amigo. Às vezes é preciso fazer o que menos se gosta pra descobrir um novo gosto, é rpeciso movimentar as próprias crenças embusca de novas, que nos aproxime da felicidade.

Pra viver, é preciso mais coragem e disposição do que tempo. Há pessoas que existem por muitos anos e não viveram quase nada.

Já disse o Rei: "se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi."

O pior que pode me acontecer é o nada, Essa frase não é minha, mas acredito que essa idéia faz parte de mim e muitas vezes me inquieta, aflige...faz tudo parecer urgente.

Ainda não vivi uma gestação, ainda tenho muito amor pra compartilhar, muitos beijos pra trocar, muito prazer pra sentir e muitos amigos a a abraçar; ainda não plantei uma árvore, não dancei na chuva, nem fui a Paris; ainda não dei uma festa de aniversário adulta, não moro sozinha, nem dei uma viagem de presente a meus pais; ainda não saltei de asa-delta, nem consegui correr uma maratona, nem vi Julia fazer 15 anos; ainda não morei com um amor, não comprei uma câmera profissional, nem conheci Fernando de Noronha... tem um monte de coisas que ainda não fiz e esse é uma razão para estar aqui. Ainda há tempo pra fazer tudo isso.

Não podemos adiar a vida que reside dentro de nós porque a vida não é pra ser guardada ou economizada, ela se multiplica quando acontece.

Eu lamento a perda desta família e espero que nos 30 anos daquele que faleceu tenha existido muito mais vida do que esses dois números podem representar.


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