20 de maio de 2009

Elas & Eles

(...) alguns casos parecem estar sempre recomeçando, sem nunca chegarem a lugar nenhum.
Há tempos ela não sabia o que fazer com o que sentia por esse homem "tão errado para ela". Não era mais paixão (já tinha sido), nunca foi amor e provavelmente não chegaria a ser uma amizade simplesmente. Era tesão, muito. Interesse e fascínio pelo lado mais egoísta dele. Logo ela, que queria um homem generoso e cúmplice... A descrença nela e no que ela queria sempre acabava levando essa mulher a procurar por esse homem tão diferente de tudo que ela havia tido ou sonhado.
Ela nem sabia dizer se ele era melhor ou pior, se limitava a dizer que ele era diferente. Ele tinha algo do homem que ela gostaria de ser, se fosse homem. Eu disse algo.
Em muitas coisas eles eram opostos.
Esse homem que gostava de se ver através dos olhos dela e como Narciso regozijar-se no próprio ego. Pode parecer péssimo (e ás vezes era), mas ela e suas fantasias loucas achavam algum tesão nisso: ele a dominava. De alguma maneira quase sórdida, ele a dominava. Por pouco tempo, mas intensamente forte.
(continua)

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