27 de outubro de 2008

Aos 30 é mais fácil se recuperar de uma frustração?


Não sei.

Ele chegou quando ela não esperava nada dele ou de qualquer outra pessoa; quando ela queria muito ser surpreendida por um alguém, mas estava conformada com o nada que acontecia.

Era uma manhã como outra qualquer e o celular soou o sinal de msg recebida, sabe um clique no meio do silêncio? foi assim. E aquela mensagem se transformou em outras e todas juntas se transformaram em vários beijos mais tarde, com direito a frio na barriga, arrepio e tudo mais.
Na manhã seguinte, ela sabia que não tinha sido o primeiro capítulo de um conto de fadas, muito embora ele fizesse o tipo bom moço. Eles eram amigos e ela conhecia o momento emocional que ele vivia: relacionamento por um triz (sim, ele tinha uma namorada) + stress emocinal+ ânsia pelo descompromisso. Enfim, bem diferente do momento dela.
Ok. ela tem 30 e enfrentar uma frustração dessa deveria ser bem mais fácil, mas quem disse que idade resolve essas coisas? É o momento pessoal quem acaba por definir se vamos agir de maneira mais pragmática, mais dramática ou mais romãntica.
Depois de uma semana de perguntas e telefonemas semr esposta, ela desencanou, desistiu, "cantou pra subir". Mas carência é foda, aos 20, aos 30, aos 40, em qualquer idade... quinze dias depois se encontraram, não porque quisessem, mas porque eram colegas num curso e não havia como fugir daquilo.
Ela não sabia como agir, estava desconcertada, se sentindo meio palerma, meio cretina, meio ' sei lá´.
Ele soube tranquilizá-la, até hoje não se sabe se ele tinha 2ªs intenções ou não, mas conseguiu se aproximar. Tinham afinidades, eram amigos, falavam sobre tudo, até sobre terapias e remédios e suas infâncias...pois é... a conversa paziguadora levou a mais alguns beijos desconcertantes e reavivou nela os desejos de antes. Será que enfim ela, um pára-raio de picaretas, tinha atraído um bom moço ??
Ainda não havia sido desta vez.
Eles tinham marcado novo encontro, mas antes veio a ansiedade corrosiva dos inícios, dos passos em terreno desconhecido, e na ãnsia de saciar essa emoção, ela pôs algumas cartas na mesa (sim, aos 30 é mais fácil colocar as cartas na mesa ou pelo menos identificar quais cartas estão em jogo). E o caminho terminou num telefonema, no meio da tarde, explicando que aquele não era o momento dele e que ela não queria ser amante e queria poder querer tudo.
Fora de sincronia, mas com muitas afinidades, decidiram voltar a ser apenas amigos.
Nela ficou o gosto da vontade, da esperança. Ela sente que não vai ser nada de fim de mundo ou vale de lágrimas, mas tem um quê de triteza em sua voz. (aos 30 seja pela experiência, seja pelo medo das rugas, chora-se menos).
Daqui a 15 dias, vão se ver de novo... aos 30, deve ser mais fácil segurar impulsos...

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